Minas 247 - Novos fatos deverão pôr em cheque a versão oficial da morte do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek, morto em 1976. A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais (OAB-MG), aguarda um depoimento para esta sexta-feira do secretário particular e amigo de JK, Serafim Jardim, que teria novidades para a investigação. Em 1996, Jardim conseguiu, depois de 20 anos, que o caso fosse novamente investigado. Ele continua achando que a versão oficial, que alega que o ex-presidente morreu em um acidente automobilístico na Via Dutra, é uma farsa total.
Para o advogado William Santos, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, os indícios indicam muito fortemente que JK teria sido, na realidade, vítima de um “atentado indireto”. Os assassinos teriam matado o motorista do Opala do político mineiro, Geraldo Ribeiro, que depois teria perdido o controle do carro e batido em um caminhão na pista contrária.
Segundo Santos, uma das novidades, que ainda carecem de mais investigação, é que a munição usada para matar o motorista de JK seria compatível com armas usadas exclusivamente pelas Forças Armadas. “Várias perícias feitas, embora não reconhecidas oficilmente, indicam isso”, diz o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB mineira. Laudo concluído depois da exumação feita pelo Instituto Médico Legal de BH no corpo de Geraldo Ribeiro revelaram um fragmento de metal no crânio do motorista. Na época, a Polícia Civil descartou que o fragmento pudesse ser um projétil.
Ainda de acordo com a OAB-MG, é possível que a procura por Josias Nunes de Oliveira tenha sucesso nos próximos dias. Josias dirigia um ônibus da Viação Cometa que teria sido o responsável por Geraldo Ribeiro perder o controle do Opala de JK. “Há rumores, embora ainda não totalmente confirmados, de que o Josias foi totalmente abandonado por amigos e familiares, estaria vivo até hoje, mas situação precária desde que foi apontado como responsável maior pelo acidente que matou JK”, afirma o advogado William Santos.
Todo o material está sendo coletado pela Comissão de Direitos Humanos e também pela Comissão da Verdade criadas pela OAB-MG. Os novos documentos serão encaminhados à Comissão da Verdade nacional, criada na semana passada pela presidenta Dilma Rousseff. “É uma história muito mal contada até hoje. Está na hora de conhecermos a verdade”, conclui Santos.
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