O bicheiro Carlinhos Cachoeira afirmou nesta terça-feira (22), durante audiência na CPI do Congresso que investiga suas relações com empresários e políticos, que irá permanecer calado. "Constitucionalmente fui advertido pelos advogados para não dizer nada e não falarei nada aqui, somente depois da audiência que terei com o juiz. Se achar que posso contribuir, pode me chamar que responderei a qualquer pergunta", disse na sua primeira fala. O contravetor chegou ao Senado escoltado pela Polícia Federal (PF). O advogado Márcio Thomaz Bastos foi acomodado ao lado do seu cliente, que está em uma cadeira separada da mesa onde fica o presidente e o relator da comissão. O empresário deu as mesmas repostas a todas as perguntas que lhe foram feitas, e chegou a se incomodar com a insistência. "Ajudaria muito, deputado, mas somente após a minha audiência. Por enquanto ficarei calado como manda a Constituição". Diante das negativas, os parlamentares têm reduzido as perguntas. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), que preparou 200, fez cinco perguntas apenas. O depoimento de Cachoeira, inicialmente marcado para o dia 15 de maio, foi adiado após liminar concedida pelo ministro Celso de Mello. O argumento usado pela defesa do empresário foi de que não teve acesso aos documentos do processo a que responde e que a CPI usa para investigá-lo. Nesta segunda (21), no entanto, Mello decidiu que a liminar não tinha mais validade, já que a comissão permitiu o acesso ao processo. De Bahia Noticias
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