A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira (16/5) que o Governo não vai interferir nos trabalhos da Comissão da Verdade. Os sete membros recém empossados que vão apurar violações dos direitos humanos ocorridas entre 1946 e1988 também adiantaram que o colegiado não terá um presidente a comandar os trabalhos.
“Ao convidar os sete integrantes não fui movida por critérios pessoais, nem por avaliações subjetivas. Escolhi um grupo plural de cidadãos sensatos e ponderados, preocupados com justiça e com o equilíbrio, capazes de entender a dimensão do trabalho que vão executar, faço questão de dizer, com toda liberdade, sem qualquer interferência do governo, mas com todo apoio que precisarem”, garantiu Dilma, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
Segundo a presidenta, a comissão deve trazer à tona graves violações de direitos humanos, no entanto, isso não será um instrumento para revanche contra agentes do Estado que praticaram esses crimes. “Não nos move o revanchismo, o ódio ou desejo de escrever uma história diferente do que acontece, mas escrever uma história sem ocultação”, afirmou.
Durante seu discurso, a presidenta se emocionou ao lembrar os desaparecidos políticos. "O Brasil merece a verdade, as novas gerações merecem a verdade e sobretudo merecem a verdade factual. Aqueles que perderam amigos e parente continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia", disse Dilma.
Sem presidente
Na primeira reunião da comissão, ficou decidido que não haverá presidente. De acordo com o advogado pernambucano José Cavalcante Filho, integrante do órgão, foi decidido que a comissão terá um coordenador e, ao longo dos dois anos de trabalho, todos os membros assumirão, pelo menos uma vez, a coordenação dos trabalhos. O primeiro coordenador será o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Gilson Dipp.
“O primeiro coordenador tem de ser de Brasília, pois tem de nomear as pessoas, instalar a comissão fisicamente. É muito mais fácil [isto] fazer morando aqui, do que morando em outro estado. Houve um consenso que deveria ser o ministro Dipp, mas todos serão coordenadores”, disse. Leia mais em http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/noticias/56206/comissao+da+verdade+
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