O Facebook não para de ter más notícias desde o seu IPO (oferta inicial de ações) na semana passada. O que era para ser um momento de celebração para a rede social e seu presidente, Mark Zuckerberg, se transformou em um pesadelo nos últimos dias, com quedas na Nasdaq e suspeitas sobre como o processo de abertura de capital foi realizado.
No pregão de ontem, os papéis do Facebook fecharam novamente em acentuada queda. A desvalorização foi de 8,9%, com a ação valendo US$ 31. As ações acumulam perda de 18,42% sobre o preço de US$ 38 da oferta pública inicial.
Na segunda-feira, a rede social já havia perdido 11% de seu valor. Na sexta-feira, primeiro dia de negociações, apenas não houve redução porque bancos como o Morgan Stanley intervieram para defender o valor inicial de US$ 38.
Na segunda-feira, a rede social já havia perdido 11% de seu valor. Na sexta-feira, primeiro dia de negociações, apenas não houve redução porque bancos como o Morgan Stanley intervieram para defender o valor inicial de US$ 38.
Além disso, uma investigação da Securities and Exchange Comission (SEC, o equivalente da Comissão de Valores Mobiliários no Brasil) não estava descartada. “Há muitos pontos que precisamos verificar com mais precisão em relação ao Facebook”, disse Mary Schapiro, presidente da entidade, depois de depor na comissão bancária do Senado.
Um analista do Morgan Stanley, principal banco responsável pelo IPO do Facebook, teria revisado para baixo as previsões de crescimento no faturamento da empresa dias antes de as ações serem lançadas na Nasdaq, segundo informações divulgadas pela agência de notícias Reuters.
Outros dois bancos de Wall Street com envolvimento no IPO, o Goldman Sachs e o JPMorgan, também teriam reduzido as previsões para o faturamento do Facebook às vésperas da abertura de capital da empresa. As informações não teriam sido divulgadas a muitos dos investidores.
Para complicar, os bancos, mesmo diante dessas informações, decidiram elevar o preços de referência das ações dias antes da abertura de capital. Antes, o ponto máximo era US$ 35, mas passou para US$ 38, que acabou sendo o valor utilizado para o início das negociações na sexta-feira, quando os negócios chegaram a abrir em US$ 43 até entrarem em queda.
Alguns desses investidores reclamam também da Nasdaq pela série de falhas técnicas no início das negociações no pregão de sexta-feira, quando ordens de compra e venda de ações demoraram horas para serem realizadas, provocando perdas para muitos acionistas.
Decepção
A empolgação com o Facebook na semana passada levou muitos analistas a preverem uma gigantesca alta após o IPO, como aconteceu na oferta inicial de ações de outras empresas de tecnologia recentemente, como o LinkedIn, que dobrou de valor em seu primeiro dia de negociações. Mas ainda existem muitas dúvidas sobre como a rede social conseguirá ganhar dinheiro com anúncios no celular.
A empolgação com o Facebook na semana passada levou muitos analistas a preverem uma gigantesca alta após o IPO, como aconteceu na oferta inicial de ações de outras empresas de tecnologia recentemente, como o LinkedIn, que dobrou de valor em seu primeiro dia de negociações. Mas ainda existem muitas dúvidas sobre como a rede social conseguirá ganhar dinheiro com anúncios no celular.
Mais grave, o valor de mercado do Facebook, de acordo com o preço do IPO, estava 100 vezes maior que a receita – o da Apple é de 14 vezes e, do Google, de 19. Segundo o índice Starmine, da Thomson Reuters, a estimativa é que o Facebook cresça 10,8% ao ano na década, o que colocaria o preço da ação em US$ 9,59, equivalente a 25,2% do IPO. De http://www.jt.com.br/seu-bolso/
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