O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, durante palestra no 3º Exame Fórum, em São Paulo (Vanessa Carvalho/News Free/Folhapress)
Mal acaba de demitir o sétimo ministro neste ano, e a presidente Dilma Rousseff já tem um novo integrante de sua equipe de governo no olho do furacão. Desta vez, trata-se de Fernando Pimentel (PT), ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior. Reportagem desta terça-feira do jornal O Globo informa que uma empresa de informática ligada a uma construtora acusada de superfaturar obras públicas pagou 400.000 reais ao ministro por serviços da P-21 Consultoria e Projetos, empresa que Pimentel manteve entre sua saída da prefeitura de Belo Horizonte, em 2009, e a chegada à Esplanada, em 2011.
A empresa de informática em questão, segundo o jornal, é a QA Consulting Ltda, que tem como donos Alexandre Allan, de 36 anos, e Gustavo Prado, de 35, filho de Otílio Prado, sócio minoritário de Pimentel na P-21 Consultoria. O pagamento foi dividido em duas parcelas de 200.000 reais – e a primeira delas, paga apenas dois dias depois da QA receber 230.000 reais da HAP Engenharia, construtora acusada de superfaturar uma obra da prefeitura de Belo Horizonte em 9,1 milhões de reais. Os recursos teriam sido desviados para a campanha de Pimentel, então prefeito da capital mineira, à reeleição, em 2004. Nas palavras do próprio ministro, a QA, é uma "empresa de informática pequeninha".
O caso tornou Pimentel réu em uma ação civil pública aberta em maio deste ano, ao lado do dono da construtora, Roberto Senna. Ainda segundo o jornal, a QA Consulting é a terceira maior cliente da consultoria de Pimentel, que em dois anos faturou 2 milhões de reais.
No sábado, reportagem do Globo já sugeria o envolvimento de Pimentel em tráfico de influência em licitações da prefeitura de Belo Horizonte e a não prestação de serviços pagos pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A presidente Dilma Rousseff apressou-se em convocá-lo ao Planalto e ordenar que detalhasse sua atuação como consultor entre 2009 e 2010. A pedido da presidente, Pimentel compareceu a seu gabinete ainda no sábado para informar sobre o trabalho da sua empresa, a P-21 Consultoria, e os contratos assinados nos últimos dois anos, período em que ficou afastado de cargos públicos. Pimentel deixou a prefeitura de Belo Horizonte no final de 2008 e assumiu o MDIC no início deste ano, com a eleição de Dilma.
Se atingido, Pimentel seria o primeiro ministro da cota da presidente chamuscado pelas denúncias. Os demais ministros denunciados por corrupção foram herdados da gestão Lula ou impostos pelos partidos da base aliada. Pimentel disse que nos dois anos em que a consultoria funcionou prestou serviço a três empresas. Os contratos, juntos, somaram quase 1,9 milhão de reais.
O ministro garante que sua atuação foi apenas na área privada. "Eu conheço todas as empresas de Minas Gerais. Esta é a vantagem de eu ter ficado 16 anos na prefeitura de Belo Horizonte", argumentou. Antes de ser prefeito, Pimentel ocupou cargos de primeiro escalão na prefeitura. Ele mostrou documento, assinado em 10 de dezembro de 2010, no qual se afasta da administração da consultoria. O ministro afirmou que, se convocado, dará explicações ao Congresso Nacional. No entanto, se antecipou dizendo que qualquer tese de tráfico de influência no governo Dilma é "mordaz". "Eu nem sabia que ela seria eleita", argumentou. Pimentel é amigo de Dilma desde os tempos da ditadura e participou da campanha eleitoral da presidente.
Nesta terça-feira, os partidos de oposição vão tentar aprovar a convocação do ministro ao Congresso para explicar a atuação da P-21. "A suspeita existe e ele (Pimentel) tem que se explicar", afirmou na segunda o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). "Ele precisa vir a público e explicar detalhadamente como ocorreram essas consultorias", emendou o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP). Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), a denúncia é grave. Os tucanos, os democratas e o PPS vão se unir para apresentar amanhã o requerimento convocando Pimentel na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Da Veja
A empresa de informática em questão, segundo o jornal, é a QA Consulting Ltda, que tem como donos Alexandre Allan, de 36 anos, e Gustavo Prado, de 35, filho de Otílio Prado, sócio minoritário de Pimentel na P-21 Consultoria. O pagamento foi dividido em duas parcelas de 200.000 reais – e a primeira delas, paga apenas dois dias depois da QA receber 230.000 reais da HAP Engenharia, construtora acusada de superfaturar uma obra da prefeitura de Belo Horizonte em 9,1 milhões de reais. Os recursos teriam sido desviados para a campanha de Pimentel, então prefeito da capital mineira, à reeleição, em 2004. Nas palavras do próprio ministro, a QA, é uma "empresa de informática pequeninha".
O caso tornou Pimentel réu em uma ação civil pública aberta em maio deste ano, ao lado do dono da construtora, Roberto Senna. Ainda segundo o jornal, a QA Consulting é a terceira maior cliente da consultoria de Pimentel, que em dois anos faturou 2 milhões de reais.
No sábado, reportagem do Globo já sugeria o envolvimento de Pimentel em tráfico de influência em licitações da prefeitura de Belo Horizonte e a não prestação de serviços pagos pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A presidente Dilma Rousseff apressou-se em convocá-lo ao Planalto e ordenar que detalhasse sua atuação como consultor entre 2009 e 2010. A pedido da presidente, Pimentel compareceu a seu gabinete ainda no sábado para informar sobre o trabalho da sua empresa, a P-21 Consultoria, e os contratos assinados nos últimos dois anos, período em que ficou afastado de cargos públicos. Pimentel deixou a prefeitura de Belo Horizonte no final de 2008 e assumiu o MDIC no início deste ano, com a eleição de Dilma.
Se atingido, Pimentel seria o primeiro ministro da cota da presidente chamuscado pelas denúncias. Os demais ministros denunciados por corrupção foram herdados da gestão Lula ou impostos pelos partidos da base aliada. Pimentel disse que nos dois anos em que a consultoria funcionou prestou serviço a três empresas. Os contratos, juntos, somaram quase 1,9 milhão de reais.
O ministro garante que sua atuação foi apenas na área privada. "Eu conheço todas as empresas de Minas Gerais. Esta é a vantagem de eu ter ficado 16 anos na prefeitura de Belo Horizonte", argumentou. Antes de ser prefeito, Pimentel ocupou cargos de primeiro escalão na prefeitura. Ele mostrou documento, assinado em 10 de dezembro de 2010, no qual se afasta da administração da consultoria. O ministro afirmou que, se convocado, dará explicações ao Congresso Nacional. No entanto, se antecipou dizendo que qualquer tese de tráfico de influência no governo Dilma é "mordaz". "Eu nem sabia que ela seria eleita", argumentou. Pimentel é amigo de Dilma desde os tempos da ditadura e participou da campanha eleitoral da presidente.
Nesta terça-feira, os partidos de oposição vão tentar aprovar a convocação do ministro ao Congresso para explicar a atuação da P-21. "A suspeita existe e ele (Pimentel) tem que se explicar", afirmou na segunda o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). "Ele precisa vir a público e explicar detalhadamente como ocorreram essas consultorias", emendou o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP). Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), a denúncia é grave. Os tucanos, os democratas e o PPS vão se unir para apresentar amanhã o requerimento convocando Pimentel na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Da Veja
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