Os deputados da base governista conseguiram derrubar, nesta quarta-feira, o requerimento de convocação do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para que ele preste esclarecimentos na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Os deputados Duarte Nogueira (PSDB-SP) e Nilson Leitão (PSDB-MT), autores do requerimento, queriam que Pimentel explicasse denúncias de que o ministro teria se beneficiado ao prestar consultoria a uma empresa que foi contratada, posteriormente, pela prefeitura de Belo Horizonte - onde Pimentel foi prefeito.
O requerimento foi derrubado por 13 votos contra a convocação, ante 5 a favor. O líder tucano na Casa, Duarte Nogueira, defendeu que Pimentel deve comparecer à Câmara para explicar as denúncias, já que o ministro faz parte da cota pessoal da presidente Dilma Rousseff.
"À época das denúncias ele era da coordenação de campanha da presidente. Tem o dever de vir e esclarecer. Se prestou consultoria, tem que demonstrar que o fez sem tráfico de influência. Se Pimentel não vier se explicar, a presidente Dilma deve se desculpar e convidar o ex-ministro Palocci de volta", disse Duarte Nogueira, ao fazer referência ao ex-ministro chefe da Casa Civil, que pediu demissão em junho deste ano após denúncias de que teria exercido consultoria para empresas que fecharam contratos com o governo.
Os governistas defenderam que a consultoria prestada por Pimentel foi antes dele assumir como ministro e, na época dos contratos, ele não ocupava cargo público. O deputado Odair Cunha (PT-MG) alegou, ainda, que não compete à Câmara investigar as denúncias.
"Todas as matérias se referem à prefeitura de Belo Horizonte, não pode a comissão querer investigar supostos contratos com a prefeitura de Belo Horizonte. Não há ato do Pimentel a ser investigado", afirmou. De Luciana Cabuci / Terra.com
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