Durante uma entrevista coletiva, na última sexta-feira (2), no Centro Administrativo Firmino Alves foi apresentado o Projeto SustentaCidade, implantado pela Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), com o intuito de promover a despoluição do Rio Cachoeira. A iniciativa contempla ainda os projetos Baronesas, de autoria do engenheiro agrônomo e pesquisador Agamenon de Almeida Farias, e de Educação Ambiental, coordenado pela educadora Rasemary Farias Menezes.
De acordo com a coordenadora do SustentaCidade, Heloísa Franco Pinheiro, o projeto socioambiental funciona com uma rede de colaboradores e o Projeto Baronesas entra como principal, pois o eixo temático do SustentaCidade é o Rio Cachoeira. A partir desse contexto serão gerados todos os valores agregados, como a questão ambiental, educação social e a importância das baronesas ou aguapés, que já começaram a ser contidas e retiradas do rio.
Cerca de 80 % do projeto foi concluído, com a contenção pneumática no bairro Nova Ferradas, a retirada das plantas para depois serem trituradas, compostadas e se tornarem adubo orgânico, que poderão ser comercializadas. O produto final pertencerá a Emasa, para a cobertura de custos do projeto e será comprado por produtores de cacau, pela agricultura familiar, horticultura, paisagismo e utilizado pela Prefeitura Municipal de Itabuna.
Com esta ação, o engenheiro agrônomo explica que as baronesas deixarão de ser um problema e passarão a ser uma solução para a despoluição do Rio Cachoeira, uma vez que a planta tem a capacidade de limpar toda a poluição do rio, até mesmo de metais pesados e terá uma função social, gerando emprego e renda. Nesse projeto, oito famílias já estão trabalhando, com na contenção e retirada das baronesas, com o apoio do Poder Público Municipal.
“A “baronesa” nasce com o intuito de limpar o rio que o ser humano sujou, mas acaba virando ao contrário, no momento em que ela mata os peixes e protozoários. Então, nós iremos pegar a planta ainda pequena para ser criada na saída dos esgotos, de modo que ela possa filtrar a sujeira, fazendo com que a água se torne 30 % menos suja”, explicou o engenheiro agrônomo.
Como participante ativa do projeto, a Prefeitura irá intensificar a fiscalização para identificar empresas poluidoras, impedindo-as de continuarem a despejar resíduos não tratados no rio. Já foram detectadas algumas dessas empresas poluidoras, que se não tomarem providências serão multadas e denunciadas ao Ministério Público.
O presidente da Emasa, Geraldo Briglia revelou que a ideia é salvar o Rio Cachoeira, mas para isso está fazendo a sua parte de despoluição ao longo do seu perímetro urbano, já que não é possível controlar a poluição em outras cidades. Ainda segundo ele, os projetos que estão chegando na cidade, com a implantação de saneamento básico nos bairros vão contribuir para despoluir o rio em dejetos de esgotamento sanitário.
No encontro, o prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo destacou que o projeto contempla o resgate da história do Rio Cachoeira, que sempre foi uma fonte de renda para a população. De acordo com ele, ainda há tempo de salvar o rio através das ações, que visam a retirada das baronesas, bem como a interceptação dos esgotos que caem no Rio Cachoeira, dando destinação para a Estação de Tratamento. “Eu me sinto feliz, pois na medida em que estamos cuidando do rio, do meio ambiente da nossa cidade, nós estamos cuidando do futuro da cidade, das novas gerações”, revelou. Texto: Viviane Cabral Foto: Vinicius Borges
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