O governo admitiu ontem pela primeira vez que o novo Código Florestal levará a um aumento na taxa de desmatamento.
Numa entrevista coletiva na COP-17, a conferência do clima de Durban, África do Sul, o secretário nacional de Mudança Climática, Eduardo Assad, afirmou que há cenários possíveis em que o texto a ser votado hoje no Senado Federal leva a mais perda de floresta.
"O código não foi votado ainda, então estamos discutindo suposições e cenários", afirmou Assad. "Há áreas que serão reflorestadas e áreas que serão desmatadas", prosseguiu. Ele diz, porém, que a versão atual, comparada à que foi aprovada na Câmara, é "muito positiva".
O governo despertou a ira das organizações ambientalistas ao afirmar, na semana passada, que o novo código na verdade ajudaria o Brasil a cumprir sua meta de redução de emissões de gases de efeito estufa ao promover a recuperação de parte das áreas de preservação permanente desmatadas ilegalmente. A declaração deu ao país o prêmio "Fóssil do Dia" em Durban e fez as ONGs perguntarem à ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) como cortar árvores poderia reduzir emissões.
Após as críticas, o governo mudou o discurso.
As estimativas ainda são preliminares, mas há pelo menos um dispositivo no código em tramitação que promove novos desmatamentos: a redução da reserva legal em Estados que tenham mais de 65% de sua área coberta por unidades de conservação e terras indígenas. Isso poderia levar ao desmatamento de 800 mil hectares somente no Amapá.De CLAUDIO ANGELO//ENVIADO ESPECIAL A DURBAN - Folha.com
Numa entrevista coletiva na COP-17, a conferência do clima de Durban, África do Sul, o secretário nacional de Mudança Climática, Eduardo Assad, afirmou que há cenários possíveis em que o texto a ser votado hoje no Senado Federal leva a mais perda de floresta.
"O código não foi votado ainda, então estamos discutindo suposições e cenários", afirmou Assad. "Há áreas que serão reflorestadas e áreas que serão desmatadas", prosseguiu. Ele diz, porém, que a versão atual, comparada à que foi aprovada na Câmara, é "muito positiva".
O governo despertou a ira das organizações ambientalistas ao afirmar, na semana passada, que o novo código na verdade ajudaria o Brasil a cumprir sua meta de redução de emissões de gases de efeito estufa ao promover a recuperação de parte das áreas de preservação permanente desmatadas ilegalmente. A declaração deu ao país o prêmio "Fóssil do Dia" em Durban e fez as ONGs perguntarem à ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) como cortar árvores poderia reduzir emissões.
Após as críticas, o governo mudou o discurso.
As estimativas ainda são preliminares, mas há pelo menos um dispositivo no código em tramitação que promove novos desmatamentos: a redução da reserva legal em Estados que tenham mais de 65% de sua área coberta por unidades de conservação e terras indígenas. Isso poderia levar ao desmatamento de 800 mil hectares somente no Amapá.De CLAUDIO ANGELO//ENVIADO ESPECIAL A DURBAN - Folha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário