A edição da revista Veja desta semana acusa o Partido dos Trabalhadores de contratar um estelionatário para forjar o documento conhecido como Lista de Furnas, que no começo de 2006 quase enterrou a CPI dos Correios, responsável por investigar o escândalo do mensalão do PT. O documento elencava doações irregulares de campanha, no valor de R$ 40 milhões, a adversários do governo Lula, e serviria para mostrar que práticas escusas de financiamento não eram adotadas apenas pelo partido do presidente, mas seriam comuns a todas a legendas. Poucas semanas depois, porém, foram descobertas falsificações na lista. De acordo com a publicação, Nilton Monteiro, preso em outubro deste ano por forjar notas promissórias, teria fabricado a lista a pedido dos deputados mineiros Rogério Correia (PT) e Agostinho Valente (hoje no PDT). Escutas realizadas pela Polícia Federal indicariam que o estelionatário e Simeão de Oliveira, braço direito de Correia, discutiram padrões das assinaturas de figuras importantes da oposição naquele momento e negociaram pagamentos diretos, além da liberação de recursos em bancos públicos. Em visita a Brasília há dois anos, Monteiro teria ainda visitado o gabinete da então senadora Ideli Salvatti, hoje ministra de Relações Institucionais, que negou o encontro ao ser procurada pela Veja.
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