Imagem pouco vale
No Brasil, estão desmoralizando a imagem. A filha do governador Joaquim Roriz foi filmada, recebendo propina de um meliante. Jamais negou o fato. Apenas alegou que, quando embolsou a grana, não era ainda detentora de mandato. Aí a Câmara a absolveu. Agora, a televisão fala de grande afluência popular à campanha contra corrupção que ela comanda, referindo-se à parada de 7 de Setembro. Tenciona transformá-la, não em homenagem à nossa independência e, sim, em comício tucano, contra o governo do PT.
Revolta local
O que sei é que, em Brasília, reina revolta contra a Câmara dos Deputados que absolveu a filha de Joaquim Roriz de suborno que recebeu de conhecido delinquente. Não nega o filme nem as imagens que ele registrou de ela metendo a grana na bolsa. Limita-se a dizer que não era deputada naquele ocasião.
Faxina
No País, os que pintaram a presidente como um poste se surpreenderam com sua firmeza, afastando do governo auxiliares, suspeitos de corrupção. Aplaudida pelo setor mais nefasto da oposição, ela percebeu que aquele encômio era punhalada pelas costas, de inimigos do coletivo. E não aceitou que a dessem como faxineira da corrupção. Disse que sua faxina é varrer a miséria, acabar com a pobreza e não o moralismo, à la Carlos Lacerda ou a Fernando Collor.
Cadeia
Nunca se prendeu tanto ladrão do colarinho branco quanto nos governos do PT. Até Daniel Dantas, que ficou miliardário nos tempos de FHC e que, condenado, depois de rigoroso inquérito da Polícia Federal, obteve, em madrugadas seguidas, acórdãos de liberação da cadeia da parte do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Paulo Maluf, que não soube botar o seu dinheiro no bolso certo, amargou cadeia, vários dias. Ele e os filhos. Claro que os ricos têm padrinhos, sabem subornar as autoridades adequadas e contra eles não prevalece a Polícia. Muito menos sentença judicial de primeira instância. Que o Brasil tem melhorado, tem. Só quem não vê são os veículos de comunicação.Lustosa da Costa – Diário do Nordeste
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