Mesmo sem chegar a um acordo com a oposição sobre o texto do projeto de lei que criará a Comissão da Verdade, o governo deve colocá-lo em votação na Câmara dos Deputados já nesta quarta-feira,21.
A comissão investigará e narrará as violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, dentre elas as mortes e torturas ocorridas na ditadura militar.
O governo vem tentando manter o texto como está. Mas a oposição quer enxertar nele garantias da neutralidade de seus sete membros.
De acordo com o deputado ACM Neto (DEM-BA), o governo aceitou que o texto contivesse as proibições de que conselheiros fossem dirigentes partidários ou funcionários de qualquer um dos três Poderes.
O problema surgiu no pedido dos opositores de também proibir a participação na comissão de qualquer pessoa que tenha tido envolvimento direto ou indireto nos fatos futuramente investigados. Para o governo, esse critério é amplo e subjetivo demais.
Mesmo sem um acordo hoje sobre o chamado mérito do projeto, o governo não prevê deixar de votá-lo. Inicialmente, havia um receio de que, se fosse aberto para mudanças, o projeto poderia servir de plataforma para debates inflamados, criando um clima desfavorável à sua aprovação.
As tratativas se aceleraram hoje, com diversas conversas entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ACM Neto. As negociações continuam hoje.De http://www1.folha.uol.com.br/
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