Investigação revela que 109 brasileiros venderam seus rins, recebendo até US$ 6 mil por órgão
São Paulo. Seis mil dólares por um rim. Foi o que um grupo de traficantes internacionais pagou a mais de 100 brasileiros para venderem seus rins. Os órgãos eram então transportados até a África do Sul e de lá revendidos especialmente para pacientes de Israel, por até US$ 120 mil, 20 vezes mais do que os brasileiros recebiam.
O esquema, que no Brasil foi desarticulado pela Polícia Federal na Operação Bisturi, em 2003, rendeu aos traficantes e ao hospital mais de US$ 4 milhões. A empresa que promovia o esquema já foi condenada a pagar mais de US$ 1 milhão em multas na África do Sul.
Documentos do processo revelam uma rede internacional que retirou rins até mesmo de menores de idade no Brasil. O fenômeno preocupa tanto a Interpol quanto a Organização Mundial da Saúde, que insistem na necessidade de um tratado internacional para atacar o problema. Em geral, os criminosos têm um sistema bem organizado e se aproveitam da pobreza de certas regiões do planeta.
Por enquanto, as organizações criminosas são apenas processadas em seus países, sem que toda a rede seja desmantelada. No caso que envolve o Brasil, os traficantes de órgãos são alvo de um processo legal na África do Sul e a empresa tida até então como uma das melhores administradoras de hospitais do continente - a Netcare - revelou que de fato atuou na compra e venda de rins.
Origem no Brasil
Documentos dos investigadores mostram que a rota do tráfico tinha origem no Brasil, mais precisamente na periferia do Recife. A maioria das cirurgias ocorreu no conceituado Hospital St. Augustine, em Durban. As confissões e confirmações do esquema ocorreram no fim de novembro, depois de sete anos de negativas por parte dos suspeitos. Os documentos mostram que os "doadores" assinavam declarações indicando que quem receberia o órgão era seu parente.
Uma das principais testemunhas foi Samuel Ziegler. Ele confessou que era o tradutor no Brasil para a compra dos rins. Quatro cirurgiões, um médico e dois outros ex-empregados da Netcare também são acusados de participação no esquema. Diante da confissão do tradutor, o diretor regional da Netcare, Ian Goble, admitiu o envolvimento do hospital. Mas, apesar da condenação, o tribunal de Durban aceitou trocar a pena de prisão dos envolvidos, entre eles o presidente da Netcare, Richard Friedland, pelo pagamento de US$ 1 milhão. Informações de http://diariodonordeste.globo.com
São Paulo. Seis mil dólares por um rim. Foi o que um grupo de traficantes internacionais pagou a mais de 100 brasileiros para venderem seus rins. Os órgãos eram então transportados até a África do Sul e de lá revendidos especialmente para pacientes de Israel, por até US$ 120 mil, 20 vezes mais do que os brasileiros recebiam.
O esquema, que no Brasil foi desarticulado pela Polícia Federal na Operação Bisturi, em 2003, rendeu aos traficantes e ao hospital mais de US$ 4 milhões. A empresa que promovia o esquema já foi condenada a pagar mais de US$ 1 milhão em multas na África do Sul.
Documentos do processo revelam uma rede internacional que retirou rins até mesmo de menores de idade no Brasil. O fenômeno preocupa tanto a Interpol quanto a Organização Mundial da Saúde, que insistem na necessidade de um tratado internacional para atacar o problema. Em geral, os criminosos têm um sistema bem organizado e se aproveitam da pobreza de certas regiões do planeta.
Por enquanto, as organizações criminosas são apenas processadas em seus países, sem que toda a rede seja desmantelada. No caso que envolve o Brasil, os traficantes de órgãos são alvo de um processo legal na África do Sul e a empresa tida até então como uma das melhores administradoras de hospitais do continente - a Netcare - revelou que de fato atuou na compra e venda de rins.
Origem no Brasil
Documentos dos investigadores mostram que a rota do tráfico tinha origem no Brasil, mais precisamente na periferia do Recife. A maioria das cirurgias ocorreu no conceituado Hospital St. Augustine, em Durban. As confissões e confirmações do esquema ocorreram no fim de novembro, depois de sete anos de negativas por parte dos suspeitos. Os documentos mostram que os "doadores" assinavam declarações indicando que quem receberia o órgão era seu parente.
Uma das principais testemunhas foi Samuel Ziegler. Ele confessou que era o tradutor no Brasil para a compra dos rins. Quatro cirurgiões, um médico e dois outros ex-empregados da Netcare também são acusados de participação no esquema. Diante da confissão do tradutor, o diretor regional da Netcare, Ian Goble, admitiu o envolvimento do hospital. Mas, apesar da condenação, o tribunal de Durban aceitou trocar a pena de prisão dos envolvidos, entre eles o presidente da Netcare, Richard Friedland, pelo pagamento de US$ 1 milhão. Informações de http://diariodonordeste.globo.com
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