Foto: Montagem: 180graus
O senador e presidente nacional do Progressistas (PP), Ciro Nogueira, respondeu às críticas do pastor Silas Malafaia, que o chamou de “traidor” por se recusar a assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu não me meto na sua igreja e, se o senhor quiser ser senador, se candidatar e liderar o movimento político que quiser, será muito bem-vindo. Aí, então, verá que, diferentemente da sua igreja, na democracia não é a vontade de um, mas da maioria”, escreveu Nogueira nas redes sociais.
Ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), o senador se definiu como “pragmático” ao negar apoio ao impeachment, alegando que a proposta não teria sucesso. “Nós não temos 54 senadores para aprovar”, disse em entrevista ao portal Metrópoles.
A resposta não encerrou a troca de farpas. Malafaia voltou a atacá-lo, acusando-o de ser “preconceituoso contra um pastor” e de apoiar a “ditadura de toga”. O líder religioso também defendeu seu direito de criticar políticos: “A liberdade para falar de política é fundamento do Estado democrático de direito. Você é daqueles coronéis do Nordeste que não suporta a crítica e o contraditório”.
O movimento pelo impeachment de Moraes, impulsionado por parlamentares da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ganhou força após Jair Bolsonaro ser colocado em prisão domiciliar. Deputados e senadores bolsonaristas chegaram a ocupar as mesas diretoras da Câmara e do Senado, exigindo a votação da pauta para destravar os trabalhos legislativos.
Apesar da pressão, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta quinta-feira (7) que não pautará o impedimento de Moraes “nem se tiver 81 assinaturas”.
De acordo com o regimento, a instauração do processo contra um ministro do STF precisa ser aprovada em plenário por maioria simples — ou seja, pelo menos 41 dos 81 senadores. Sem esse número, o pedido é automaticamente arquivado.
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