*Claudia Elisa Soares é especialista em ESG e transformação de negócios e lideranças e conselheira em companhias abertas e familiares — Camil, IBGC, Tupy, Even, Grupo Cassol, Bernoulli Educação e Gouvêa Ecosystem.
Cerca de 70 milhões de brasileiros pertencem às gerações Y (nascidos entre 1981 e 1996) e Z (nascidos entre 1997 e 2012), sendo que 46% deste grupo é economicamente ativo no Brasil, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No futuro, essa faixa da população deve representar 70% das pessoas economicamente ativas e o mercado deve estar muito atento a elas, principalmente no que se refere ao ESG.
Afinal, as novas gerações são consumidoras mais conscientes e estão moldando o novo capitalismo e temos de lembrar também que geração Alpha (os nascidos após 2012) estará no mercado de trabalho até 2030, e as pessoas desta faixa geracional já nasceram conectadas ao mundo digital, fato que pode trazer mais insights para inovações e transformações para as organizações.
Enquanto conselheira e advisor de grandes empresas, acompanho de perto a movimentação do mercado e estudos sobre o tema e tenho visto uma aceleração fora do comum no reconhecimento das novas gerações de que o consumo sustentável é o modelo que deve predominar daqui para a frente.
Somando a este racional, a pesquisa Global Consumer Pulse, da Accenture Strategy, indica que 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados a seus valores de vida. Eles dispensam aquelas marcas que preferem se manter neutras.