Proteja o seu amor. Proteja a sua saúde. Proteja-se e aos outros. Este poderia ser o mote de uma campanha pelo sexo seguro, mas não. É nada mais do que uma chamada de atenção naquele que é o Dia Internacional do Preservativo, data que traz ao centro das atenções a importância do uso deste método de contracepção e de proteção.O Lifestyle ao Minuto conversou com a médica Paula Pereira e tem aqui as respostas para as dúvidas mais comuns acerca do preservativo.
O que é e de que é feito
No leque de preservativos, existe o masculino – uma proteção flexível, desenhada para ser usada no pênis ereto e que pode ser de látex ou de poliuretano – e o feminino – que tem a forma de um tubo, feito à base de nitrilo (substância semelhante ao látex) e tem um anel em cada uma das extremidades.O preservativo feminino, ainda desconhecido para muitos, “é colocado no interior da vagina, pode ser inserido até oito horas antes da relação sexual e não deve ser utilizado em simultâneo com o preservativo masculino, porque o atrito causado pelos dois preservativos poderá fazer com que estes se rompam mais facilmente”, lê-se no site da Associação para o Planeamento da Família (APF), que explica ainda que “depois da ejaculação, o preservativo retém o esperma, prevenindo o contato com colo do útero, evitando a gravidez”.
Por que usar?
Preservativo é ‘sinônimo’ de sexo seguro. Tanto o preservativo masculino como o feminino são seguros na hora de proteger as pessoas envolvidas na relação sexual, seja das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), seja da gravidez indesejada. Neste último caso, diz o site da APF, o preservativo feminino deve ser utilizado em simultâneo com outro método contraceptivo (pílula, DIU, implante, adesivo, etc.)Para a médica Paula Pereira, do Hospital Lusíadas Porto, o preservativo “deve ser usado por causa do risco das doenças sexualmente transmissíveis, funcionando como uma barreira que inibe a transmissão”.Quanto a grupos de risco, a médica de Medicina Interna não tem dúvidas: “em risco estamos todos, todos que têm atividade sexual”, mas o risco “é maior” quando o ato é praticado com “pessoas desconhecidas”. Esta ideia vai ao encontro da posição defendida pela presidente da Sociedade Portuguesa de Contraceção (SPDC) Teresa Bombas, que defende que “a idade do grupo de risco já não existe, existem sim homens e mulheres em circunstâncias das suas vidas que podem ter relações sexuais de risco”.“Os jovens, em geral, são o grupo etário com relações menos duradoras e com mais parceiros pelo que o uso de preservativo deve ser promovido. No entanto, não devemos apenas sensibilizar os jovens para a importância da prevenção das infeções de transmissão sexual, mas sim todas a população sexualmente ativa”, alerta Teresa Bombas.Após uma relação sexual de risco, por exemplo, com uma pessoa desconhecida e sem o uso de preservativo, os envolvidos não devem hesitar em visitar um médico. “Se acham que a relação foi de risco e não foi usado o preservativo, devem consultar um médico. Nessa altura, saberá o que fazer tendo em conta a circunstância em que o ato foi praticado”, explica a médica em declarações ao Lifestyle ao Minuto.E qual o melhor conselho a dar? “Usem e abusem do preservativo”, frisa a doutora Paula Pereira.
O que se tem feito para melhorar o preservativo (e incentivar o seu uso)