Série histórica do IBGE mostra aumento no uso de internet e celulares no Brasil entre 2016 e 2024. Desigualdade racial no acesso à rede diminui
Celulares são o principal meio de acesso a internet no Brasil
Por Júlia Naomi - AratuOn
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O levantamento, feito no quarto trimestre de 2024, mostra que 89,1% (168 milhões) das 188,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais no Brasil são usuárias de internet. Este é o maior valor já registrado na pesquisa, que, desde 2016, apresenta aumentos anuais. Em 2023, por exemplo, o valor era de 88% (164,5 milhões).
O IBGE considera usuário de internet pessoas que tiveram conexão com a rede em qualquer lugar e por qualquer meio nos três meses que antecederam a entrevista. No primeiro ano da pesquisa, 66% da população com dez anos ou mais foram consideradas parte da categoria.
O número aumentou para 71,1% em 2017. Em 2018, os usuários de internet eram 76,2%. Já em 2019, o valor passou a ser de 79,5%. A pesquisa não foi realizada 2020, devido à pandemia de Covid-19, mas, em 2021, o número passou a ser de 84,7% e em 2022, de 87,2%.
De 2019 para 2024, a proporção de idosos utilizando a internet teve a maior alta entre os grupos etários analisados, com um aumento de 44,8% para 69,8%.
O levantamento mostra uma redução da desigualdade racial no acesso à internet no país ao longo dos anos. Em 2024, entre pessoas brancas, o percentual de uso de internet no período de referência foi de 90%, enquanto o valor foi de 88,4% entre pessoas pretas e 88,6 entre pardos.
Em 2016, quando a série histórica teve início, as diferenças eram mais contrastantes. A proporção era de 72,6% para pessoas brancas, 63,9% para pessoas pretas e 60,3% para pessoas pardas.
O IBGE mostra que os celulares são o principal meio de acesso à internet, sendo utilizado por 98,8% dos usuários. O segundo meio mais frequente são as televisões, que, pela primeira vez, são utilizadas com este fim por mais da metade da população (53,5%).Em 2016, 11,3% da população considerada na pesquisa acessava a internet dessa forma.
Já o uso de microcomputadores para acessar a internet declinou de 63,2%, em 2016, para 46,2%, em 2019, até atingir 33,4% em 2024, o menor valor da série histórica.
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