Amazônia foi o bioma mais afetado, com 898,6 mil hectares queimados no mês de fevereiro
Foto: Pixabay
O percentual de área queimada no país elevou 410% em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo mês de 2023, atingindo 950,3 mil hectares. A projeção é do Monitor do Fogo, iniciativa da rede MapBiomas Fogo, coordenada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)
Conforme o monitoramento, do total das queimadas, 79% atingiram áreas de vegetação nativa, como a Amazônia e o Cerrado, somando 750 mil hectares. A Amazônia foi o bioma mais afetado. Foram queimados 898,6 mil hectares em fevereiro. No 1º bimestre do ano, a área devastada somou 1,8 milhão de hectares –alta de 433% ante o mesmo período de 2023.
O aumento das queimadas na Amazônia no 1º bimestre deste ano foi impulsionado por incêndios registrados em 11 municípios de Roraima. Só em 2024, o Estado teve 1 milhão de hectares queimados e responde por 54% de toda a área queimada no Brasil. Foi seguido por Pará e Amazonas, com 475 mil e 136 mil hectares queimados, respectivamente.
“O aumento das queimadas no Estado de Roraima está diretamente relacionado ao período de seca que ocorre entre os meses de dezembro e abril, que foi agravado pelo fenômeno do El Niño”, explicou o pesquisador do Ipam, Felipe Martenexen.
O avanço do fogo também foi acentuado no Cerrado, com um aumento de 152% no 1º bimestre do ano, atingindo uma área de 61.000 hectares. Em fevereiro, foram mais de 29.600 hectares, alta de 147% em relação ao mesmo mês em 2023.
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