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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Flávio Bolsonaro diz que depósitos fracionados são de venda de imóvel

METRÓPOLES
Em entrevista à TV Record, filho do presidente afirma que título de R$ 1 milhão foi usado para pagar o mesmo apartamento

O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), primogênito do presidente da República, concedeu a primeira entrevista após a divulgação de novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que aponta movimentações financeiras atípicas nas contas bancárias do parlamentar. Anteriormente, o órgão do Ministério da Economia havia detectado transações também consideradas suspeitas nas contas do ex-assessor Fabrício Queiroz, que atuou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro até outubro.

Na entrevista, ao programa Domingo Espetacular, da RecordTV, Flávio disse que o dinheiro dos depósitos fracionados feitos em 2017 tem origem na venda de um apartamento. Flávio também afirmou que o pagamento de R$ 1 milhão de um título bancário da Caixa Econômica Federal, igualmente relatado pelo Coaf, se refere à compra deste mesmo imóvel. A íntegra da entrevista será exibida ainda na noite deste domingo (20/1), mas foi antecipada no portal R7, da emissora.

Na entrevista para a Record, o atual deputado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) disse que recebeu parte do pagamento da venda do imóvel em dinheiro e que fez os depósitos fracionados, que somam R$ 96 mil , no caixa eletrônico da Alerj por ser o local onde ele trabalhava. Segundo disse na entrevista, R$ 2 mil é o limite aceito no caixa eletrônico. Flávio também disse que a demora no posicionamento do seu ex-assessor Fabrício Queiroz é a principal responsável por gerar a situação.

Tanto a denúncia do pagamento do título da CEF quanto do segundo relatório do Coaf foram revelados na sexta-feira (18) e nesse sábado (19) no Jornal Nacional, da Rede Globo. Segundo o telejornal, o Coaf encontrou 48 depósitos, no valor de R$ 2 mil, em apenas cinco dias nas contas bancárias de Flávio Bolsonaro. Eles teriam sido feitos entre junho e julho de 2017. Contudo, o Coaf não identificou quem fez os depósitos, que totalizam R$ 96 mil.

Para o Ministério Público, o fracionamento deles pode indicar intenção de impedir a identificação da origem dos recursos. O JN também noticiou que consta no relatório do Coaf um pagamento de R$ 1 milhão de um título bancário por Flávio à Caixa – novamente, não foi identificado o beneficiário.

Para completar, neste domingo, a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, informou que o ex-assessor Fabrício Queiroz movimentou R$ 7 milhões em três anos. Até então, com base no primeiro relatório do Coaf, a notícia era que o ex-assessor de Flávio movimentara R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

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