Não faz muito tempo, o que deixava as crianças insones era o medo de monstros debaixo da cama. Hoje, a ameaça é outra, e quem fica assombrado, na verdade, são os pais. O uso de smartphones e tablets está roubando um tempo precioso do sono de meninos e meninas.
Justamente eles, que precisam dormir mais que os adultos, pois o cérebro está em pleno desenvolvimento. As consequências são muitas e negativas: faltas na escola, queda nas notas, dificuldade de concentração e memorização, entre outras. Sem falar em impactos mais graves, como aumento do risco de pensamentos suicidas, no caso dos adolescentes.
“Muitas crianças não estão tendo a quantidade de sono que acreditamos ser saudável, e sabemos que dormir menos do que o necessário tem impactos negativos sobre muitos aspectos acadêmicos e físicos. Precisamos levar o sono mais a sério e, do ponto da saúde pública, temos de disseminar a ideia de que, da mesma forma que sabemos que crianças não devem fumar e precisam de uma boa alimentação, dormir é parte de um estilo de vida saudável”, afirma a psicóloga Anna Weighall, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Leeds, no Reino Unido. Há três dias, ela apresentou, na conferência anual da Sociedade Britânica do Sono, os resultados de uma pesquisa que comprova o que diz.
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