Você certamente já conheceu alguém que é pouco fã do uso de preservativos, e provavelmente já dispensou um potencial parceiro por este ter dito não à camisinha.
Obviamente que a saúde sexual é mais importante que o prazer, mas, porque será que os homens rejeitam o uso da camisinha? De acordo com um relatório recente publicado pelo New York Times, pode haver uma razão para isso e aparentemente o tamanho padrão dos preservativos está envolvido.
Normalmente, quando ereto, o pênis, em média, é 2,5 centímetros mais curto que o tamanho padrão dos preservativos, que deve ter pelo menos 17 cm de comprimento. De acordo com a especialista em saúde sexual Debby Herbenick, da Universidade de Indiana, o motivo por trás dessa produção prolongada está na “ideia de que era preciso que eles fossem grandes o suficiente para se adequar à maioria dos homens”. Em um estudo feito pela especialista, em que analisou 1.661 homens, ela e seus colegas descobriram que pelo menos 83% deles tinham em média pênis de 14 a 15 cm – menores do que os preservativos de tamanho padrão.
Segundo Ron Frezieres, vice-presidente de pesquisa e avaliação da Essential Access Health, uma organização sem fins lucrativos, outros estudos já apontaram que alguns homens se queixaram de que os “preservativos tendem a escorregar” durante o sexo. Para resolver este problema, empresas na Europa começaram a disponibilizar no mercado desde 2011 preservativos personalizados, vendidos por empresas como a TheyFit. No entanto, para o restante do mundo os produtos ainda enfrentam obstáculos, uma vez que podem ser menos eficazes.
“Se você faz um preservativo que comporta menos da metade do volume de um padrão, você não poderá preenchê-lo, já que ele não será grande o suficiente para esticar”, explicou Davin Wedel, presidente da empresa de preservativos customizados, Global Protection Corp. “Os preservativos têm um enorme problema de imagem”, disse ele. Em uma página no Reddit para homens que consideram seus pênis pequenos, a reação sobre a existência de preservativos personalizados foi misturada, com usuários afirmando que os modelos seriam pouco úteis. “Se eu quero um bom sexo, não uso preservativo”, escreveu um dos usuários. “Eles se encaixam bem”, defendeu outro. “Não é como um par de sapatos ou sutiã que você precisa usar o dia todo”.
Para a Dra. Herbenick, educar os homens sobre o uso do preservativo, adicionando dicas de como utilizar lubrificante é muito mais importante do que o acesso a diferentes tamanhos de camisinhas. “Alguns homens podem preferir um preservativo que pensam que se encaixa bem no pênis”, disse ela. “Mas, em sua maior parte, os homens e seus parceiros estão bem com os preservativos existentes”. Por outro lado, Frezieres acredita que os modelos personalizados podem ter um benefício indireto, relacionado a um impulso de confiança que vem acompanhado de um aumento no número de uso. [ NY Times ] [ Fotos: Reprodução / NY Times ]
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