Você já reparou que as feridas dos idosos demoram mais para cicatrizar em comparação aos ferimentos em pessoas mais jovens?
De acordo com uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade Rockefeller, publicado na revistaCell, isso acontece devido a uma interrupção na comunicação entre as células da pele e o sistema imunológico.
A cicatrização de feridas é um dos processos mais complexos que acontecem no corpo humano. As células do sistema imunológico e as da pele se unem para fazer um processo que começa com a formação de uma crosta.
As células responsáveis pelas funções de barreira e proteção do corpo, chamadas de queratinócitos, se reúnem sob a crosta para preencher a ferida.
Em testes com ratos, os pesquisadores descobriram que nos animais mais velhos os queratinócitos agiam de forma muito mais lenta, enquanto nos mais jovens uma proteína de sinalização era enviada para as células imunes, o que aumentava a velocidade de cicatrização.
Quando a mesma proteína foi aplicada a pele de rato mais velho a velocidade da comunicação entre as células e o sistema imunológico aumentou.
Essa demora dos queratinócitos em chegar até a crosta das feridas é o que faz com que elas demorem dias para fechar.
De acordo com os especialistas, essa migração das células para fechar um ferimento requer coordenação e que células imunes fiquem próximas, com o envelhecimento ocorrem interrupções na comunicação entre elas, por isso passa a demorar mais tempo.
O estudo observou ratos com dois e 24 meses, aproximadamente 20 e 70 anos de idade em seres humanos.
A pesquisa pode ajuda a encontrar tratamentos que possam acelerar a cicatrização em pessoas mais velhas.
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