No início da crise, quando os números começaram a apontar desaceleração e estagnação econômica, o desenvolvimento humano no Brasil continuou apresentando crescimento contínuo, mas o ritmo de melhora da qualidade de vida diminuiu, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (22) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Fundação João Pinheiro. Segundo o Radar IDHM, de 2011 a 2014, o índice de desenvolvimento humano cresceu a um ritmo anual de 1%, ante a uma taxa média anual de 1,7% entre 2000 e 2010. O estudo mostra, entretanto, que apesar da queda do ritmo de melhora, as pessoas continuaram vivendo mais, estudando mais e até ganhando mais. O subíndice referente à educação cresceu a uma taxa anual de 1,5%, superior à do IDHM, do mesmo modo que o quesito renda, com crescimento anual de 1,1%, enquanto que o subíndice de longevidade evoluiu a uma taxa de 0,6% por ano. De acordo com o G1, no período analisado, a proporção de pessoas vulneráveis (com renda domiciliar per capita inferior a R$ 255) recuou a uma taxa média anual de 9,3% contra 3,9% no último período intercensitário. Já a proporção de pessoas extremamente pobres (com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70) teve decréscimo médio anual de 14% (contra 6,5% no último período intercensitário). O Radar IDHM utiliza informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para monitorar tendências desse Índice – e de 60 indicadores socioeconômicos – nos anos intercensitários1.
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