Os funcionários públicos fluminenses não devem ter gostado quando souberam que a Justiça do Rio de Janeiro bloqueou R$ 1 bilhão em bens do ex-governador fluminense Sérgio Cabral, da empresa multinacional Michelin e de outras cinco pessoas. A decisão foi tomada a pedido do Ministério Público (MP), depois que a Justiça considerou irregular a concessão de incentivos fiscais de R$ 1,03 bilhão à Michelin pelo governo do Estado, a partir de 2010. Tanto Cabral quanto a Michelin haviam sido condenados, em outubro deste ano, pela 12ª Câmara Cível do Tribunal de a ressarcir os cofres públicos pela concessão irregular de benefícios do ICMS. A cobrança do imposto à empresa foi adiada, por prazo indeterminado, enquanto a empresa comprava maquinário para ampliar uma fábrica em Itatiaia, no Sul Fluminense;
Na época da condenação, Cabral divulgou nota, por meio de assessoria de imprensa, alegando que a decisão judicial era equivocada, já que, de acordo com ele, o incentivo permitiu que a empresa instalasse mais fábricas no Estado, triplicando a receita do ICMS. Além de Cabral e da Michelin, tiveram os bens bloqueados o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, o ex-presidente da agência estadual de fomento InvesteRio, Maurício Chacur, a ex-diretora de operação da InvesteRio, Roberta Simões Araújo, a ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio (Codin), Maria da Conceição Lopes Ribeiro, e Pedro Paulo Novellino do Rosário, então diretor da Codin;
O funcionalismo estadual indaga se o governo de Sérgio Cabral não tivesse concedido tais isenções de ICMS será que a situação de falência e calamidade pública estaria ocorrendo? É certo que sim, mas em compensação o casal Sérgio e Adriana não estaria tão rico como hoje. Um bilhão de reais se referem a só uma das empresas beneficiadas com o "pacote de bondades" do ex-governador. Dá para imaginar quanto dinheiro anda escondido em paraísos fiscais. Não fora assim, eles não comprariam joias de R$ 100 mil, gentilmente levadas em seu luxuoso apartamento no sofisticado bairro do Leblon. Sua atual prisão é preventiva, mas os servidores e a população em geral, esta por causa da precariedade dos serviços a que tem direito, torcem para que Sérgio Cabral seja condenado a uma longa temporada atrás das grades. Sem direito a progressão de pena. por Airton Leitão
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