O ex-presidente da Transpetro afirmou em sua delação que, em 2010, o então presidente do PP pediu ajuda na campanha
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Sérgio Machado, o ex-presidente da Transpetro que fez acordo de delação premiada, afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal que o governador interino do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, recebeu, em 2010, propina de uma fornecedora da estatal disfarçada de doação oficial. Para alguns políticos, disse Machado, a propina era paga em espécie e para outros, como Dornelles, na forma de doações oficiais, segundo o delator.
Em um trecho da proposta entregue ao Ministério Público Federal e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente da Transpetro contou ter sido procurado por Dornelles quando ele era presidente nacional do PP. Naquela ocasião, de acordo com Machado, Dornelles pediu “apoio ao partido durante a eleição”. Em uma conversa posterior, Machado chamou Dornelles à sede da Transpetro, no Rio de Janeiro, e informou de onde viria a propina. De acordo com Machado, a doação veio de “vantagens indevidas pagas” por uma construtora, uma das gigantes encrencadas na Operação Lava Jato. O pedido de Dornelles, de acordo com Machado, foi atendido na forma de uma doação oficial de R$ 250 mil da construtora para o diretório estadual do PP no Rio de Janeiro.
A assessoria de imprensa de Dornelles afirmou que ele “não disputou eleições em 2008, 2010 e 2012. Todas as doações relativas às eleições que disputou foram informadas e aprovadas pelos tribunais competentes”.
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