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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Dono da Avianca arrumou jeito diferente para “pagar vantagem ilícita”, diz Machado

Segundo o ex-presidente da Transpetro, Germán Efromovich propôs “parcerias rentáveis”
FLÁVIA TAVARES
O empresário Germán Efromovich (Foto: Felipe Caicedo/AFP)epoca.globo
Nos depoimentos que Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, prestou em sua delação premiada, ele enumera as empresas que pagaram propinas para conseguir contratos na estatal e o destino que esses recursos tiveram. Em um certo momento, Machado conta a história de um empresário que não quis pagar propina diretamente: Germán Efromovich. O empresário, identificado por Machado como o “dono da Avianca [companhia aérea]”, propôs uma forma mais criativa de pagar vantagens indevidas a Machado. Sugeriu que eles fizessem “outras parcerias rentáveis”. Quem detalha o negócio é o filho de Machado, Expedito, em seus depoimentos.

Expedito conta que, em um jantar em 2008 ou 2009, Efromovich apresentou uma “oportunidade de negócios” que envolvia a HR Financial Services, cujo controlador, segundo Expedito, era o próprio Efromovich. A HR era dona de poços de petróleo no Equador, país que acabara de anunciar um calote internacional. Pelos termos negociados, a família “Machado” poderia adquirir 38% dos ativos de petróleo da HR no Equador. Mas, se Efromovich desistisse do negócio, a empresa poderia pagar uma multa de cancelamento da opção de compra. O valor da multa seria equivalente ao que Sérgio Machado pedira de propina. Foi o que aconteceu. Efromovich utilizou o mecanismo previsto no acordo e pagou aproximadamente R$ 28 milhões (multa) entre 2009 e 2013 numa conta do HSBC na Suíça.

Procurada, a Avianca, empresa ligada a Efromovich, disse que não sabia como localizá-lo.

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