Leroy McDonald, um dos filhos de Val-Jean McDonald, recebeu o telefonema da funerária para contar que a família havia cremado a mulher errada
Após uma longa batalha contra um câncer, Val-Jean McDonald, mãe de oito filhos, com mais de 20 netos, quase tantos bisnetos e três trinetos, faleceu em 18 de dezembro aos 81 anos.
O funeral dela, 11 dias depois, atraiu um grande número de pessoas à Igreja Batista União no Harlem: seus filhos, de Manhattan, Nova Jersey, Geórgia, Texas e Austrália; outros parentes e amigos; e pessoas que nunca a conheceram, mas conheciam seus filhos.
Todos passaram pelo caixão aberto, vendo pertences familiares da vida de Val-Jean McDonald: a blusa cor-de-rosa e o casaco branco, suas melhores joias.
"Por que cortaram todo o cabelo dela?" um filho, Errol McDonald, 57, lembrou ter pensado. "Talvez tenha sido por causa do câncer." Ele se curvou e a beijou.
Mas às vezes as crianças veem o que os adultos não conseguem. Os adultos racionalizam. As crianças veem como é.
"Meu filho de 10 anos disse: 'Papai, aquela não é a vovó'", lembrou Errol, um funcionário de manutenção de uma escola em Manhattan. "Isso acontece", ele disse ao filho, explicando que as pessoas podem parecer diferentes na morte.
No dia seguinte, a família esteve presente na cremação de Val-Jean McDonald no Cemitério Woodlawn.
Seis dias se passaram. Então, uma gerente da funerária McCall's Bronxwood no Bronx, que foi responsável pelos arranjos, telefonou para outro dos filhos de Val-Jean, o reverendo Richard McDonald, com uma notícia terrível, ele disse.
"Ela disse: 'Aquele corpo não era o da sua mãe'", Richard McDonald contou em uma entrevista. "'Sua mãe ainda está aqui.'"
A mulher que estava naquele caixão, vista por todas as pessoas, beijada pelos filhos, não era Val-Jean. http://zip.net/bjs392
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