A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante discurso no dia 22 de janeiro (Foto: Natacha Pisarenko/AP)
As investigações do promotor Alberto Nisman, morto em janeiro, levaram a uma acusação formal à presidente argentina Cristina Kirchner. Gerardo Pollicita, agora responsável pelas investigações sobre o atentado contra a um centro judaico em 1994, foi quem indiciou a presidente.
De acordo com o Clarín, as denúncias de Nisman, que afirmavam que Kirchner negociou com o governo iraniano o encobrimento dos responsáveis pelo atentado ao AMIA, serão levadas adiante. Ao lado da presidente, foram indiciados o ministro das relações exteriores, Héctor Timerman, o militante Luis D'Elia e o deputado Andrés Larroque.
O jornal argentino cita a resolução de Pollicita para a medida. Na nota, o promotor afirma que este passo "corresponderá seguir a investigação com o intuito de comprovar, com base nos elementos de condenação dispostos no artigo 193, a existência dos fatos e, consequentemente, se os mesmos podem acusar criminalmente seus responsáveis".
Com isso, oficializa-se as denúncias levantadas por Nisman, mostrando que, para Pollicita, as argumentações do promotor falecido foram feitas com base em informações e provas sólidas.
Segundo o G1, o governo se adiantou ao anúncio de Pollicita e, na noite da quinta-feira (12), afirmou que irá apresentar uma queixa contra a denúncia de Nisman. “Não existe prova alguma, nem sequer de caráter ‘circunstancial’, que demonstra a existência de condutas atribuíveis à presidente da Nação ou a funcionários do governo nacional que podem se enquadrar em ‘atos criminosos’”, afirma o texto.
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