No exato oposto do observado nos últimos dias, o dólar cai no mercado local enquanto registra forte alta no mercado externo. De fato, considerando uma cesta com moedas emergentes e desenvolvidas, o real é a única moeda que ganha da divisa americana.
Por volta das 14 horas, o dólar comercial apontava queda de 0,69%, a R$ 1,852, depois de subir a R$ 1,963 (+5,25%).
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para outubro caía 1,27%, a R$ 1,855 na venda. Mas fez máxima a R$ 1,961 (+4,36%).
No câmbio externo, o dólar sobe com força em um dia de extremada aversão ao risco. A ação do Federal Reserve (Fed), banco central americano, ontem, não convenceu e dados ruins na China e Europa elevaram a descrença dos agentes na recuperação da economia mundial. Fora isso, o sistema financeiro europeu segue vítima de desconfiança.
Há pouco, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subia 1,03%, a 78,48 pontos, maior leitura desde o começo do ano. Já o euro recuava 0,91%, a US$ 1,344.
Esse completo descolamento do dólar por aqui é mérito do Banco Central (BC), que depois de assistir a um salto de mais de 5% nos preços no começo dos negócios resolveu intervir no mercado.
Pela primeira vez desde 26 de junho de 2009, autoridade monetária ofertou swap cambiais, operação que equivale à venda de dólar no mercado futuro. O BC vendeu 55.075 contratos de swap, entre 112.290 ofertados. A operação movimentou US$ 2,7 bilhões.Eduardo Campos | Valor
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