O governo brasileiro não vai adotar medidas extraordinárias para tentar controlar a disparada do dólar dos últimos dias.
Em entrevista em Nova York, a presidente Dilma Rousseff afirmou que este é um momento de instabilidade por causa da crise europeia – mais especificamente o risco de calote grego -, mas o governo está tranquilo.
“Neste momento, que é um momento de volatilidade e nervosismo dos mercados, a nossa atitude é de calma e tranquilidade e de estabilizar todo o processo. Tanto o ministro Guido Mantega (Fazenda) quanto o ministro Alexandre Tombini (presidente do Banco Central) estão tomando as providências cabíveis”, afirmou a presidente.
“Mas nós não estamos ainda tomando nenhuma medida não usual. São as mesmas de sempre: swaps, eventualmente comprando dólar, mas ainda não compramos em quantidade, e acreditando que as coisas vão se ajustar”, completou.
Dilma atribuiu a recente alta do dólar aos problemas externos causados pela crise econômica que atinge a Europa e os Estados Unidos, especialmente a percepção, aumentada recentemente, de que a Grécia pode ser incapaz de cumprir seus compromissos e caminha para um calote.
Além disso, lembrou a presidente, na última semana as agências de classificação de risco baixaram a nota de sete bancos italianos e de três americanos.
“Mas os mercados, no curto prazo, eles são assim, eles têm essa volatilidade. Assim como sobem, eles descem.
A política do Banco Central e a orientação do ministro Mantega é de estabilizar o mercado brasileiro.
Nós não temos a mesma situação. Nós somos um país com endividamento muito baixo, temos as contas públicas em ordem, somos um país com elevada acumulação de reservas e também temos o recurso a toda regulação dos bancos brasileiros, que é muito sólida”, garantiu. /Colaboraram Adriana Fernandes e Fernando Nakagawa.//http://www.jt.com.br/seu-bolso/
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