Por Folhapress
Foto: Reprodução / X

Avião partia de Curaçao rumo ao aeroporto JFK, em Nova York. "Quase tivemos uma colisão no ar aqui em cima", disse o piloto da JetBlue, de acordo com uma gravação de sua conversa com o controle de tráfego aéreo. "Eles passaram diretamente na nossa rota de voo... Eles não estão com o transponder ligado, é um absurdo", continuou.
Piloto precisou interromper a subida 20 minutos após a decolagem. Não há informações e o piloto viu a aeronave militar com seus próprios olhos ou se foi alertado por um sensor. Segundo a companhia aérea, manobra foi feita para evitar uma colisão com um avião-tanque da Força Aérea dos Estados Unidos. "Acabamos de ter uma aeronave passando bem na nossa frente, a menos de 8 quilômetros -talvez 3 ou 5 quilômetros", narrou o profissional.
Profissional também afirmou que o avião militar entrou no espaço aéreo venezuelano. De acordo com a gravação do tráfego aéreo, o controlador respondeu ao piloto: "Tem sido um absurdo essa presença de aeronaves não identificadas em nosso espaço aéreo".
JetBlue cobrou que episódio seja investigado. Derek Dombrowski, porta-voz da companhia aérea, disse ontem que reportou o caso às autoridades federais. "Participaremos de qualquer investigação. Nossos tripulantes são treinados nos procedimentos adequados para diversas situações de voo e agradecemos a eles por relatarem prontamente essa situação à nossa equipe de liderança", afirmou.
A Administração Federal de Aviação emitiu um alerta para aeronaves americanas. A recomendação é de que os militares "exerçam cautela" ao sobrevoar o espaço aéreo venezuelano, "devido ao agravamento da situação de segurança e ao aumento da atividade militar na Venezuela e em seus arredores". A Casa Branca não comentou sobre o episódio com o voo da JetBlue.
Incidente ocorreu no momento em que as forças armadas dos EUA intensificam suas atividades na Venezuela. O governo Trump afirma que presença é para combater o narcotráfico no Caribe. Desde o início de setembro, os EUA realizaram uma série de ataques aéreos contra embarcações que, segundo eles, transportavam drogas, matando mais de 80 pessoas.
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