Júlio César Cardoso / Bacharel em Direito e servidor federal aposentado / Balneário Camboriú-SC
É constrangedor o governo basear o seu plano de desenvolvimento na cobrança provisória de um imposto. É melancólico assistir ao governo implorar pelo retorno da CPMF, cujo instrumento já fora reprovado pela sociedade. Parece até que se escafederam as cabeças pensantes da administração petista.
A CPMF foi um cambalacho aplicado no passado pelo governo FHC, que depois o PT assimilou. Por acaso, alguém conhece o montante da contribuição arrecadado e devidamente empregado em sua finalidade? Por exemplo, o SUS sempre foi um caos, mesmo no período da CPMF.
Agora, o governo quer destinar a arrecadação para a Previdência Social. Fala-se em previdência deficitária, mas não existe nenhum laudo auditado mostrando, por exemplo, a entrada e saída das contribuições, e nem os devedores da previdência.
Chega de onerar e espoliar a população. Sempre imposto sem serviços públicos de qualidade. Novamente o governo quer jogar no colo da sociedade a responsabilidade por seus erros.
O governo não corta na carne as despesas extravagantes púbicas. A ilha da fantasia, Brasília, é um ninho de desperdício do dinheiro público. São miríades de cargos comissionados e mordomias. Por exemplo, nos Três Poderes não há enxugamento de despesas, e o governo federal não tem coragem de conversar com os demais poderes para reduzir o gigantismo da máquina pública.