O maior número de casos de violência sexual acontece com crianças entre 1 e 5 anos (51,2%) e com jovens entre 10 e 14 anos (67,8%).
O dia 18 de maio é dedicado ao combate do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes. De acordo com o Ministério da Saúde entre 2011 e 2017 o Brasil teve um aumento de 83% nas notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes. O maior número de casos acontece com crianças entre 1 e 5 anos (51,2%) e com jovens entre 10 e 14 anos (67,8%).
Em parceria com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Itabuna, a Legião da Boa Vontade (LBV) promoveu no último dia 7, uma palestra sobre “Violência Infanto-juvenil”, durante o Encontro de Famílias em seu Centro Comunitário de Assistência Social.
POR QUE FALAR SOBRE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES?
O abuso sexual é caracterizado como qualquer ato praticado contra crianças e adolescentes que vise a satisfação sexual, e a exploração sexual, quando a vítima é utilizada como moeda de troca envolvendo dinheiro, objetos de valor ou até mesmo benefícios pessoais. Ambos deixam marcas físicas e psicológicas profundas e muitas vezes irreversíveis na maioria das vítimas.
CONSEQUÊNCIAS
Ao ser questionada sobre as consequências que podem ser geradas, Geciana Lisboa, assistente social do CREAS, explica que “como não existe algo pré-definido, é importante analisar o comportamento, muitas vezes eles se isolam dentro do quarto, tem queda no rendimento escolar, algumas ficam violentas, outras acabam reproduzindo o que houve em outras crianças”.
PREVENÇÃO
Uma das formas de prevenção é o diálogo. Desde sempre é necessário manter um vínculo de confiança com a criança, ensinando sobre os limites do corpo para que ela não permita que ninguém toque em suas partes intimas exceto os pais na hora do banho, a não manter segredos e que pode confiar nos pais para contar qualquer coisa.
“Muitas vezes a criança precisa de atenção e nós, pais, acabamos por não dar essa atenção necessária, ainda mais quando elas falam algo, né? Na maioria das vezes achamos que não é importante, mas hoje eu aprendi que sempre temos que prestar atenção e desenvolver esse diálogo com os nossos filhos”, destacou Adenilson Batista, pai de Davi Santos, atendido pela instituição.
DENÚNCIA