As empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista, causaram um prejuízo da ordem de R$ 462 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A perda ocorreu, entre outros motivos, como resultado da desvalorização das ações do grupo. O valor corresponde a 54% do que foi investido por meio de ações e títulos de dívida.
O deputado federal Dudimar Paxiúba (PSDB-PA) avalia que a situação é resultado de uma política equivocada, executada pelo governo federal, na gestão do banco de desenvolvimento.
“Nós sempre soubemos que havia uma relação de promiscuidade entre os governos do PT e as empresas X. Então esse prejuízo monumental que vemos agora é, infelizmente, uma tragédia anunciada”, declarou o parlamentar.
Segundo Dudimar, o governo falhou ao utilizar o BNDES para privilegiar as empresas do grupo EBX, como também fez com outras companhias. “Ao invés de buscar o desenvolvimento de diferentes empreendedores, o governo preferiu formar parcerias com determinados grupos. Estabeleceu, assim, uma relação corrupta. Que se torna bem clara quando vemos as campanhas eleitorais milionárias do PT”, afirmou o deputado.
A relação prejudicial entre o BNDES e o grupo EBX se verifica em diferentes empresas do conglomerado de Eike Batista. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o banco pagou, em 2012, R$ 10,59 por ações das empresas MPX (de energia) e CCX (carvão mineral). Os papéis, no pregão da última quinta-feira (11), valiam respectivamente R$ 7,25 e R$ 0,80.
Em outra operação, o banco investiu R$ 179,1 milhões em ações da mesma MPX – a quantidade de papéis é, hoje, avaliada em R$ 77,4 milhões.
“Esse tipo de situação é o que leva a economia nacional, a cada dia, apresentar números piores”, concluiu Dudimar.
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