Relatório produzido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), com a colaboração da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), revela indícios de que instituições que oferecem tratamento a dependentes químicos no país tratam com preconceito gays e lésbicas e, algumas delas, inclusive submetem os internos a processos de conversão da sexualidade. De acordo com o documento, há indícios de que pelo menos seis delas realizam o que chamam de “libertação” de internos homossexuais. Conforme resolução do CFP,é proibido oferecer tratamento ou cura para a homossexualidade. As unidades são, na sua maioria, de orientação religiosa, evangélicas e católicas, e estão distribuídas em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe. O relatório aponta, por exemplo, que na Associação Beneficente Metamorfose, em Goiás, “os casos de diversidade sexual são estimulados a ser libertados”. Na Fazenda Esperança, no Sergipe, a instituição “recebe homossexuais que, por motivos pessoais, desejem se internar para tentar deixar esta orientação sexual”. Já no Esquadrão da Vida, no Mato Grosso do Sul, “a instituição não permite nem a manifestação nem a prática da homossexualidade e realiza um trabalho religioso para converter o interno”. Por conta das denúncias, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) informou que enviou o conteúdo do relatório ao Ministério Público Federal, para que sejam abertas investigações contra as clínicas e comunidades. As clínicas de reabilitação e comunidades terapêuticas, citadas no documento, negaram que oferecem tratamento de conversão da sexualidade a internos homossexuais. Informações de O Globo.
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