Os dois contêineres com 46 toneladas de lixo hospitalar interditados e lacrados desde os dias 11 e 13 de outubro pela Receita Federal no Porto de Suape, região metropolitana do Recife, quando chegaram dos Estados Unidos, serão devolvidos ao país de origem em janeiro. A empresa Na Intimidade, com sede em Santa Cruz do Capibaribe (PE), que importava o material para fazer forro de bolso, será responsável pela devolução e pelos custos. A informação foi divulgada ontem pela Alfândega da Receita Federal, que autorizou a devolução. A legislação brasileira prevê a destruição de carga irregular.
Nesse caso, a irregularidade estava registrada na divergência entre o conteúdo declarado - "tecidos de algodão com defeito" - e a mercadoria importada, lençóis sujos com manchas características de sangue e dejetos biológicos com logomarca de vários hospitais norte-americanos em meio aos quais se encontravam seringas, cateteres e luvas usadas. Como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em Pernambuco exigia a devolução da mercadoria, o dono da Na Intimidade, Altair Teixeira de Moura, foi notificado.
O procedimento precisou ser negociado com os Estados Unidos, por meio do Ministério das Relações Exteriores. Em nota, a Receita Federal afirmou que a devolução contou com a concordância da Polícia Federal, responsável pelo inquérito que investiga o caso, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal em Pernambuco e tem o apoio do Departamento de Segurança Interna, dos EUA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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