Do UOL Economia, em São Paulo
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (30) cortar a taxa básica de juros (a Selic) em 0,5 ponto percentual, indo de 11,5% para 11% ao ano. É a menor taxa do governo Dilma. O menor valor até então era o de janeiro deste ano, com 11,25%. A decisão do Copom, que é formado por um colegiado de diretores do BC, foi unânime.
Esta é a terceira vez seguida no governo Dilma, iniciado em janeiro deste ano, em que a taxa é reduzida.
A Selic é usada pelo BC para tentar controlar o consumo e a inflação ou estimular a economia. Quando a taxa cai, estimula o consumo. Quando sobe, reduz a atividade econômica porque os empréstimos e as prestações ficam mais caros.
Analistas já esperavam uma nova queda de 0,5 ponto percentual.
Em comunicado, o Copom informou que o ajuste é necessário diante da situação da economia mundial: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 11% ao ano, sem viés. O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012."
Esta foi a oitava reunião do Copom sob o mandato da presidente Dilma Rousseff e com o BC sob o comando de Alexandre Tombini. Foi também o último encontro do ano.
Nas primeiras cinco reuniões, o comitê decidiu elevar a taxa. Nas duas primeiras, a alta foi de 0,5 ponto percentual. Em outras três posteriores, o aumento foi de 0,25 ponto percentual. Já na sexta reunião o BC surpreendeu o mercado ao anunciar um corte de 0,5 ponto percentual. No sétimo encontro, houve outro corte de 0,5 ponto.
No início do governo Dilma, a Selic estava em 10,75%.
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