Não satisfeitos com o resultado do plebiscito que negou a divisão do Pará, no último domingo (11), lideranças separatistas buscam agora tirar de Belém o posto de capital do Estado. O movimento está sendo liderado pelo deputado federal Lira Maia (DEM), presidente da frente pró-criação de Tapajós, que alega problemas logísticos para que o governo estadual migre para uma área central do Estado. Além disso, um novo mapa de Carajás e Tapajós já está sendo planejado, de olho em um novo projeto de lei que consulte a população novamente sobre a divisão paraense.
Segundo Maia, os parlamentares já iniciaram a discussão e vão apresentar uma PEC (proposta de emenda constitucional) na Assembleia Legislativa defendendo uma nova capital para o Estado. "Queremos forçar que o governador [Simão Jatene, PSDB] seja o Juscelino Kubitschek do Pará. A ideia é apresentar o projeto no próximo ano", disse.
Para o deputado, a escolha da nova capital deveria ser feita com base em estudos técnicos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). "A capital tem que ficar em uma área central, de acesso mais fácil para todos, assim como os órgãos públicos. Hoje, existe uma enorme dificuldade de acesso para quem mora distante de Belém, e isso pode ser amenizado com essa mudança", alegou.
O deputado afirmou que boa parte dos problemas estaduais nas regiões que queriam se emancipar ocorrem porque Belém está localizada no norte do Estado, distante das demais regiões do Estado. "Uma das maiores reclamações --e que ficaram claras no plebiscito-- foi que as pessoas têm dificuldade de ir até Belém. De Tapajós, é preciso passar três dias em um barco para chegar à capital. Ou seja, só vai quem precisa de serviços de saúde. O povo lá conhece Manaus e não conhece Belém porque é muito longe. Só 5% do povo de lá conhece a capital", disse.
Para o cientista político da UFPA (Universidade Federal do Pará), a ideia de tirar de Belém o centro administrativo estadual é interessante. Ele classifica a proposta como "uma tendência de peso". "Belém não tem como atender sequer a sua população, do ponto de vista estrutural. Algo descentralizado não só melhoraria do ponto de vista geográfico, mas também daria mais eficiência à máquina e serviria para aproximar e atender essas culturas diferentes. Centralizar é uma ideia interessante. Nesse aspecto, sou favorável, pois Belém não tem como ser centro administrativo. Apesar de toda a tecnologia e evolução das redes, a presença física do governo é necessária", analisou.
Segundo Maia, os parlamentares já iniciaram a discussão e vão apresentar uma PEC (proposta de emenda constitucional) na Assembleia Legislativa defendendo uma nova capital para o Estado. "Queremos forçar que o governador [Simão Jatene, PSDB] seja o Juscelino Kubitschek do Pará. A ideia é apresentar o projeto no próximo ano", disse.
Para o deputado, a escolha da nova capital deveria ser feita com base em estudos técnicos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). "A capital tem que ficar em uma área central, de acesso mais fácil para todos, assim como os órgãos públicos. Hoje, existe uma enorme dificuldade de acesso para quem mora distante de Belém, e isso pode ser amenizado com essa mudança", alegou.
O deputado afirmou que boa parte dos problemas estaduais nas regiões que queriam se emancipar ocorrem porque Belém está localizada no norte do Estado, distante das demais regiões do Estado. "Uma das maiores reclamações --e que ficaram claras no plebiscito-- foi que as pessoas têm dificuldade de ir até Belém. De Tapajós, é preciso passar três dias em um barco para chegar à capital. Ou seja, só vai quem precisa de serviços de saúde. O povo lá conhece Manaus e não conhece Belém porque é muito longe. Só 5% do povo de lá conhece a capital", disse.
Para o cientista político da UFPA (Universidade Federal do Pará), a ideia de tirar de Belém o centro administrativo estadual é interessante. Ele classifica a proposta como "uma tendência de peso". "Belém não tem como atender sequer a sua população, do ponto de vista estrutural. Algo descentralizado não só melhoraria do ponto de vista geográfico, mas também daria mais eficiência à máquina e serviria para aproximar e atender essas culturas diferentes. Centralizar é uma ideia interessante. Nesse aspecto, sou favorável, pois Belém não tem como ser centro administrativo. Apesar de toda a tecnologia e evolução das redes, a presença física do governo é necessária", analisou.
Novos plebiscito e mapa
Além do projeto, parte da bancada federal do Pará já se mobiliza para apresentar novos projetos de emancipação dos Estados. Autor do projeto de lei que autorizou a realização do plebiscito, o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT) disse que deve apresentar uma nova proposta em 2012, pedindo a realização de um novo plebiscito. Para ele, a divisão do Estado não ocorreu porque "meia dúzia de políticos medíocres" de Belém "iludiu" o eleitor da região norte.
"Eu quero apresentar um novo projeto próximo ano para que, daqui a dois anos, possamos mostrar a essas pessoas ‘humildes’ do norte do Estado a mesmice que eles optaram, de continuar na miséria, com a falta de assistência médica, de professores mal pagos, vivendo num Estado falido. A lei permite e daqui a dois anos teremos um novo plebiscito", disse.
Um dos pontos que os parlamentares lutam para mudar é tirar o direito ao voto dos moradores das áreas remanescentes dos Estados que buscam emancipação. "Já pensou se o Brasil fosse consultar Portugal sobre a independência? Não teríamos nunca. Então, nessa estrutura atual, as regiões metropolitanas não vão deixar criar Estados, o que não é justo, pois 98% dos moradores de Tapajós, por exemplo, querem a independência e precisam ser ouvidos", afirmou o deputado Lira Maia.
Outra mudança na proposta de novo plebiscito é a mudança do mapa dos novos Estados desmembrados do Pará. "Nós estamos trabalhando para apresentar novos projetos, com apresentação de novos mapas. A região do Xingu, por exemplo, que não estava no mapa original no Pará remanescente, mas foi inserido pelo legislador em Tapajós, voltará ao Pará, já que eles disseram 'não' à divisão. Nos demais municípios, 98% da população foi a favor do novo Estado", afirmou. De Carlos Madeiro /Do UOL Notícias, em Maceió
"Eu quero apresentar um novo projeto próximo ano para que, daqui a dois anos, possamos mostrar a essas pessoas ‘humildes’ do norte do Estado a mesmice que eles optaram, de continuar na miséria, com a falta de assistência médica, de professores mal pagos, vivendo num Estado falido. A lei permite e daqui a dois anos teremos um novo plebiscito", disse.
Um dos pontos que os parlamentares lutam para mudar é tirar o direito ao voto dos moradores das áreas remanescentes dos Estados que buscam emancipação. "Já pensou se o Brasil fosse consultar Portugal sobre a independência? Não teríamos nunca. Então, nessa estrutura atual, as regiões metropolitanas não vão deixar criar Estados, o que não é justo, pois 98% dos moradores de Tapajós, por exemplo, querem a independência e precisam ser ouvidos", afirmou o deputado Lira Maia.
Outra mudança na proposta de novo plebiscito é a mudança do mapa dos novos Estados desmembrados do Pará. "Nós estamos trabalhando para apresentar novos projetos, com apresentação de novos mapas. A região do Xingu, por exemplo, que não estava no mapa original no Pará remanescente, mas foi inserido pelo legislador em Tapajós, voltará ao Pará, já que eles disseram 'não' à divisão. Nos demais municípios, 98% da população foi a favor do novo Estado", afirmou. De Carlos Madeiro /Do UOL Notícias, em Maceió
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