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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Garotos de 11 a 21 anos também deveriam se imunizar contra HPV, segundo estudo

Aumentar a vacinação de meninos contra o vírus do papiloma humano (HPV) poderia ajudar muito a prevenir a doença no mundo, segundo um novo estudo feito pela Universidade de Toronto, no Canadá. O HPV é transmitido principalmente pelo sexo e está ligado a verrugas genitais e casos de câncer de garganta, pênis e ânus em homens, além de colo do útero em mulheres.

Na opinião do autor da pesquisa, Peter A. Newman, a imunização de garotos entre 11 e 21 anos de idade pode ter um papel fundamental na proteção de ambos os sexos contra os principais e mais agressivos tipos de HPV. Os resultados foram publicados este mês na revista "Sexually Transmitted Infections".

"A vacina já está disponível e poderia mudar esse cenário e evitar casos de câncer que às vezes resultam (do HPV)", destaca.

Newman agrupou dados de 16 estudos independentes que envolveram mais de 5 mil pessoas. Ele analisou as taxas de aceitação da vacina de HPV e quais fatores desempenham um papel determinante para homens jovens receberem ou não a dose.

As vacinas, principalmente as novas, podem ter dificuldade de alcançar o público-alvo para as quais foram desenvolvidas, segundo o autor. Esse problema é agravado pela falta de informação ou até por teorias conspiratórias sobre a eficácia e a segurança do produto.

"Infelizmente, a desinformação e os medos infundados podem resultar em mortes por câncer que poderiam ter sido evitadas com uma simples vacinação", diz Newman.

Além disso, há barreiras logísticas que podem dificultar a difusão e a aceitação das novas doses. Há ainda outros entraves que explicam as baixas taxas de imunização de HPV no mundo, como o alto custo da vacina (entre R$ 220 e R$ 400 por dose), o transporte da pessoa até uma clínica particular e o tempo de espera entre uma dose e outra – ao todo, são três, com intervalo de 2 meses entre a primeira e a segunda e de 4 meses entre a segunda e a terceira.

O pesquisador também reforça que o principal fator que impede que os homens se vacinem contra o HPV é a falta de uma conexão bem estabelecida entre o vírus e o risco de morte para eles.

"A relação de HPV e câncer do colo do útero em mulheres é responsável por popularizar a vacina entre as jovens. Infelizmente, uma ligação semelhante, que motivaria os homens a receber a dose, ainda não foi feita. Mas isso precisa mudar", afirma Newman.

De acordo com o cientista, a imunização para meninos no Canadá é recente e até agora teve baixo índice de aceitação. Para que isso mude, na visão dele, é necessária a participação ativa de médicos, assistentes sociais e instituições públicas de saúde para transmitir os benefícios da vacina aos meninos e o papel positivo que ela pode desempenhar ao manter a população mais segura e saudável. Fonte: Com informações do G1

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