Só Notícia Boa
Rafael e os salgados - Fotos: reprodução / Facebook
Esta semana, um pai de família que faz salgados para sobreviver durante a pandemia, foi
humilhado por um cliente e compartilhou a tristeza dele com seguidores no Facebook.
A repercussão foi tanta que o autônomo
Rafael Marciano, de 32 anos, ganhou uma vaquinha que já arrecadou mais de R$ 97 mil.
Pai de três filhos, Rafael é de Minas, vive em Marília – interior de São Paulo – trabalha como pintor, mas sem serviço, começou a fazer salgados junto com a esposa e os filhos e anunciou pelas redes sociais.
“Comecei há uma semana. Pago aluguel e como estou sem serviço, começaram a apertar as coisas”, disse ao
BHAZ.
Humilhado
Na última terça, 23, um cliente não aceitou o atraso da encomenda e fez Rafael voltar para casa com os 54 salgados que havia feito.
Rafael Marciano não tem uma mão, o que faz com que a produção dos salgados não seja tão rápida como a pessoa exigiu.
“O pedido foi feito às 9h dessa terça, e era para eu ter entregue os salgados às 11h. Só que eu não consegui. Liguei para explicar a situação, disse que entregaria às 13h, mas ele não quis me ouvir e começou a me xingar muito. Disse que não sou profissional, que ele estava querendo me ajudar, mas que eu era muito folgado”, desabafou.
Rafael conta que chorou muito, e resolveu fazer a postagem contando o ocorrido no Facebook.
“Eu pensei em parar, sou muito pequeno, um grão de areia no mar. Chorei demais, fiquei muito triste. E não posso passar por isso, tenho problema de coração, então preciso me controlar”, disse.
Para não perder os salgados, no mesmo dia, ele saiu de casa e distribuiu para os moradores de rua do seu bairro.
“Eu sempre gosto de fazer pães e salgados e entregar para as pessoas em situação de rua”.
Vaquinha
A história de Rafael comoveu muita gente, que ofereceu apoio a ele nas redes sociais.
Logo depois da repercussão, Rafael ganhou uma vaquinha no VoaA.
A meta de R$ 30 mil reais foi batida em poucas horas e nesta sexta 26, o valor doado já passava de R$ 97 mil. Com informações do
BHAZ e
VoaA