Antes de novos medicamentos serem colocados à venda, testes clínicos avaliam seu desempenho na comparação com o de remédios inertes conhecidos como placebos.
Mas pesquisas mostram que, nos últimos 25 anos, a diferença de eficácia entre medicamentos reais e falsos diminuiu - mais nos Estados Unidos do que em outros países. Os americanos são mais suscetíveis ao efeito placebo, ou há outra explicação para isso?
O fenômeno em que pacientes se sentem melhor simplesmente porque acreditam que um tratamento os ajudará é conhecido como efeito placebo.
Para testar o efeito placebo, são realizados testes clínicos em que alguns participantes recebem a droga real e outros recebem placebo - normalmente, os participantes não sabem qual remédio estão tomando.
A eficácia do medicamento é determinada pela diferença entre o efeito placebo - o quanto pacientes neste grupo se sentem melhor - do efeito do medicamento. Para que um remédio seja colocado à venda nos EUA, ele precisa superar a performance do placebo por uma margem significativa.
Mas parece que isso está ocorrendo cada vez menos, porque o efeito placebo está aumentando gradualmente. Testes mostram que alguns conhecidos medicamentos para depressão e ansiedade teriam dificuldades em passar em seus testes clínicos se fossem testados novamente em 2015.