O grupo deles defendia que Bolsonaro assinasse um decreto de ruptura e mobilizasse os CACs para uma luta armada
De acordo com a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid à Polícia Federal, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participaram de um grupo “radical” que tentava convencer o então presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de estado no final de 2022. Fonte: Correio Braziliense
A delação, obtida pelo jornalista Elio Gaspari e confirmada pelo Correio Braziliense, detalha que, após ser derrotado nas eleições de outubro de 2022, Bolsonaro reunia aliados no Palácio da Alvorada. Entre os presentes, havia três grupos distintos, sendo que Michelle e Eduardo faziam parte do mais radical. Este grupo defendia que Bolsonaro assinasse um decreto de ruptura democrática e mobilizasse os CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) para uma luta armada, baseando-se no artigo 142 da Constituição.
Além de Michelle e Eduardo, os nomes de Felipe Martins (ex-assessor internacional) e do senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) foram citados como integrantes do grupo que apoiava o golpe.
Bolsonaro e a reação às eleições
Segundo Cid, Bolsonaro acreditava que houve fraude nas eleições que deram vitória a Lula da Silva e buscava provar sua teoria para justificar uma ação. Caso isso não fosse possível, ele considerava pressionar as Forças Armadas para avaliar a possibilidade de um golpe.
Entre novembro e dezembro de 2022, Bolsonaro manteve silêncio público sobre o resultado das eleições, mas, em conversas privadas, manifestou interesse em sondar a posição das Forças Armadas sobre o cenário político.
A delação reforça a narrativa de movimentos internos e articulações no círculo bolsonarista após a derrota eleitoral, com o objetivo de romper com a democracia.
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