Por Edu Mota, de Brasília
Foto: Reprodução/ EBC
Mais um indicador sobre a situação da economia foi divulgado e promete colocar ainda mais pressão sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Trata-se do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial. Segundo divulgou nesta terça-feira (27) o IBGE, o IPCA-15 foi de 0,04% em junho, após ter ficado em 0,51% em maio e 0,57% em abril.
Os números divulgados nesta terça mostram uma desaceleração permanente dos índices inflacionários. Em fevereiro deste ano, por exemplo, o IPCA-15 ficou em 0,76%, e vem caindo desde então. Em junho de 2022, o índice havia sido de 0,69%.
De acordo com o IBGE, o acumulado trimestral do IPCA-15 ficou em 1,12%, abaixo dos 3,04% registrados no mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 3,40%, abaixo dos 4,07% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A redução do IPCA-15 entre os meses de maio e junho foi puxada principalmente pela queda de preços nos grupos de Transportes (-0,55%), Alimentação e Bebidas (-0,51%) e Artigos de Residência (-0,01%). Os outros seis grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram elevação, com a maior variação no setor de Habitação (0,96%). A queda no grupo de Transportes foi alavancada pela redução no preço da gasolina anunciado pela Petrobras no último 15.
Para o cálculo do IPCA-15 pelo IBGE, os preços foram coletados no período de 16 de maio a 14 de junho de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 15 de maio de 2023 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
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