por Cláudia Cardozo/BN
O juiz Sérgio Humberto Sampaio, preso na Operação Faroeste, disse que voltou a Barreiras, no oeste baiano, por sentir necessidade de “orar”. O juiz, oficialmente, reside em Salvador. Ele estava de férias no dia em que a operação foi deflagrada, mas mesmo assim foi para região onde atuava como juiz substituto. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele foi interceptado deslocando-se em aeronave pelo país, e que a prisão era fundamental para evitar “pulverização dos seus ativos com aquisição de bens de luxo”.
De acordo com a decisão do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o juiz estava em viagem em um avião da igreja que o magistrado frequenta em Barreiras. De lá, ele seguiria de carro para Formosa do Rio Preto. A esposa de Sérgio, no momento da busca e apreensão, não informou onde o magistrado estava hospedado ou quando retornaria para Salvador. Apenas disse que ele era juiz na Vara de Substituição da Capital e que sempre se deslocava para Formosa do Rio Preto. O juiz declarou que foi para a cidade por necessidade de “orar”, tendo feito isso no próprio hotel, de onde teria “saído apenas para se alimentar”.
Sérgio Humberto Sampaio já é alvo de sindicância na Corregedoria das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) se furtou de receber a comunicação oficial de justiça e não mantém endereço atualizado perante a Corte. O juiz ainda está em prisão temporária. O ministro deixou para decidir se transforma a prisão em preventiva quando findar o prazo anteriormente estabelecido.
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