“O que eu quero deixar claro aqui é que o prefeito [Capitão Azevedo] não foi omisso nessa situação, porque quando aconteceu o primeiro problema [no Maria Pinheiro], nós fomos convocados por ele, para que estivéssemos presentes no local. Estivemos lá e orientamos as famílias para que saíssem. Três pessoas saíram e as demais continuaram; um morador disse que se recusava a sair”.
A declaração acima é da secretária municipal de Assistência Social, Marina Silva, procurada para informar quais providências foram tomadas após o desabamento de parte de uma casa na Baixa Fria do bairro Maria Pinheiro, em Itabuna. O acidente, ocorrido na madrugada desta segunda-feira(14), provocou a morte do casal Renato Pereira de Oliveira, de 33 anos, e Silmara Santos de Oliveira, de 28. Ainda ficaram feridas três crianças (de 4, 6 e 8 anos), sendo que duas estão internadas no Hospital Manoel Novaes.
Conforme esclareceu a secretária, o local do acidente já estava interditado. Acontece que, nesses casos, a família é orientada a escolher um novo local para morar, procurar o setor da Assistência Social, para que este arque com o aluguel do imóvel por quanto tempo for necessário. “O auxílio-moradia é uma coisa que existe em todo o Brasil”, lembrou a secretária.
Providências
Ressaltando o quanto se lamenta o fato de duas vidas terem se perdido nesse acidente, Marina Silva mencionou, ainda, as providências tomadas nessa hora difícil. Afinal, como se diz popularmente, não é apropriado “chorar pelo leite derramado”.
“Além da Secretaria de Assistência Social, foram ao local equipes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e da Defesa Civil. Também fui ao Manoel Novaes, quis saber sobre o diagnóstico das crianças”, detalhou. Ela garantiu, ainda, que o próximo passo é nesta terça-feira chamar a família e conversar, para tomar novos procedimentos”. Mas reiterou: “quem tem sua casa interditada tem direito a moradia imediata”.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, José Alencar, também procurado para dar explicações sobre as medidas adotadas pela prefeitura, reforçou o que disse Marina Silva. Ele lembra, ainda, que, ao considerar uma casa inabitável, a equipe emite um “auto de interdição”, para que este seja assinado pelo morador. É dessa forma que a pessoa ratifica ter ciência da situação. Ele adianta, também, em relação a esse episódio específico, ocorrido no Maria Pinheiro: “Encaminharemos uma cópia desse processo para o Ministério Público. As pessoas já foram avisadas de que têm que sair do local”.
Por fim, Alencar destacou, também, o fato de perspectivas estarem se abrindo em Itabuna, no sentido de minimizar a situação das pessoas que vivem em locais de risco. “Casas estão sendo feitas, projetos estão sendo encaminhados e aprovados... agora mesmo, vai começar uma obra de R$16 milhões, de infraestrutura e habitação. Essas casas não saem da noite pro dia, mas são providências que o prefeito está tomando, no sentido de minimizar e resolver o problema dessas moradias de risco”.De http://www.radarnoticias.com/ver.php?id=4149
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