Caminhoneiros que esperam para descarregar soja, trigo e milho no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, sofrem com falta de água e comida nesta segunda-feira. Por conta da destruição da BR-277, que liga Curitiba ao litoral, causada pelas chuvas da semana passada, caminhões pesados não estão passando pela rodovia e permanecem no acostamento.
Antes das chuvas, o problema era a demora em conseguir avançar pela rodovia para chegar até o porto. Os primeiros meses do ano, até maio, constituem o pico da safra, principalmente de soja, e o congestionamento de caminhões se repete todo ano.
As reclamações dos caminhoneiros fizeram o governador Beto Richa (PSDB) determinar a distribuição de água potável nesta segunda-feira. O governo estadual estuda, ainda, a possibilidade de distribuir mantimentos e de colocar banheiros químicos em alguns pontos da BR-277.
Por medidas de segurança, o tráfego na BR-277 está acontecendo com restrições no sentido Curitiba – Paranaguá, no qual apenas veículos leves estão sendo liberados próximos do quilômetro 26 da rodovia. A liberação dos caminhões que estão do quilômetro 60 ao quilômetro 70, antes da praça de pedágio, depende da disponibilidade de vagas no Porto de Paranaguá, que no momento é de 500 veículos.
No sentido contrário, do litoral para a capital do Paraná, a liberação é para todos os veículos, mas a viagem pode demorar de duas a três vezes a mais do que o normal e requer muita paciência. O trajeto de Morretes (cidade histórica do litoral paranaense, que decretou estado de calamidade pública), depois que o motorista entra na BR-277, está durando cerca de seis horas, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A situação fez a PRF retomar a orientação de que só deve trafegar pela via quem realmente não pode adiar a viagem.
A reconstrução total de todos os estragos causados na estrada só vai ser possível daqui a seis meses, se as condições do tempo permitirem, segundo estimativas da concessionária que administra o trecho, a Ecovia.De Luciana Cristo, iG Paraná
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