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domingo, 30 de novembro de 2025

Governo reduz projeção do salário mínimo de 2026 para R$ 1.627

Nova estimativa está relacionada ao comportamento da inflação, que deve encerrar o ano abaixo das previsões iniciais
Por Extra com informações do g1
Nova estimativa para o salário mínimo está relacionada ao comportamento da inflação — Foto: Arquivo
O governo reduziu a projeção do salário mínimo para 2026, de R$ 1.631 para R$ 1.627. A nova estimativa está relacionada ao comportamento da inflação — um dos componentes da fórmula de reajuste do piso salarial —, que deve encerrar o ano abaixo das previsões iniciais.

A nova projeção consta em documentos enviados ao Congresso pelo Ministério do Planejamento para embasar a análise da proposta de Orçamento do próximo ano.

A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, registrou alta de 0,20% em novembro, após avanço de 0,18% em outubro. No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 4,5% pela primeira vez desde janeiro, ficando dentro do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

No entanto, a inflação considerada para o cálculo do piso salarial é a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que tem divulgação prevista para o próximo dia 10. Só após, o valor do salário mínimo será definido.

Se confirmada a projeção, a atualização do salário mínimo em 2026 deverá ser de cerca de 7,2% em relação ao piso atual, de R$ 1.518.

Regra de reajuste
Pelas regras atuais, o salário mínimo deve ser reajustado de acordo com a variação do INPC acumulado até novembro.

Além disso, há previsão de aumento real baseado no Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes — no caso, 2024 —, limitado à taxa de atualização prevista pelo teto de gastos do novo arcabouço fiscal, que não pode ultrapassar 2,5%.

Cortes no Orçamento
O salário mínimo é base de uma série de pagamentos, como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada. Por isso, o valor precisa constar nas propostas relacionadas ao Orçamento.

Ao enviar as novas projeções econômicas ao Congresso, o Ministério do Planejamento não solicitou, porém, a redução desses gastos. Segundo a pasta, um eventual corte vai depender dos parlamentares.

"De todo modo e tudo o mais constante, a projeção menor tem o efeito de reduzir os gastos com aposentadorias, pensões e outros benefícios. No entanto, a atualização da projeção depende de outros fatores, como a variação da base de beneficiários, cabendo ao Congresso avaliar a conveniência e oportunidade de alterar as estimativas dos gastos previdenciários e sociais durante a tramitação do PLOA [projeto de Orçamento]", informou ao G1.

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