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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

O ‘morango do amor’ que virou febre e mostrou o poder das trends para pequenos negócios

A moda alavancou confeiteiras a alavancar seus negocios
Júlia Arcanjo - Via LeiaJá
Foto: Reprodução Redes Sociais
O “morango do amor” não conquistou só os paladares, mas também os algoritmos. No último mês, a fruta coberta por brigadeiro e caramelo vermelho virou sensação nas redes sociais, impulsionou vídeos virais e, de quebra, ajudou confeiteiras empreendedoras de todo o Brasil a aumentarem as vendas. O caso reforça como as redes sociais podem ser aliadas poderosas de quem sabe aproveitar o hype, usando conteúdo criativo e bem produzido como diferencial.

Mas, como toda onda, as trends têm prazo de validade. Saber a hora certa de entrar, e principalmente de sair, faz toda diferença para não ser engolido pelo efeito da saturação, quando o assunto fica “batido” e perde a graça. Para entender melhor como profissionais podem transformar curtidas em resultados concretos, o LeiaJá conversou com o especialista em marketing Fábio Hatsune, que deu dicas práticas para quem quer surfar (e até criar) as próprias tendências.

Reposicionar a trend e dar identidade própria
“Ao invés de simplesmente seguir a trend, o segredo é entender como ela pode agregar à sua essência,” explica Hatsune. Ele destaca que o mais importante é saber o que faz sentido para a marca ou personalidade, adaptando a tendência de forma autêntica.

“As pessoas percebem quando algo é forçado. Então, o objetivo é conectar a tendência ao que você já representa, criando uma versão realmente sua, sem perder a essência,” completa. Assim, em vez de apenas replicar, o empreendedor transforma a trend em ponte para gerar identificação verdadeira com o público.

Saber a hora de entrar e, principalmente, de sair
Toda trend tem vida curta. Segundo Hatsune, o ideal é embarcar quando ela ainda está crescendo, mas já tem contexto suficiente para ser adaptada com a cara da marca. “Se você demora demais, já virou ‘carne de vaca’,” resume.

Mais importante ainda é saber sair antes que o assunto fique saturado. “Quando começa a virar só repetição vazia ou até começa a enfraquecer sua identidade, é hora de deixar pra trás e seguir em frente. Melhor perder uma trend do que perder relevância,” orienta o especialista.

Transformar o hype em relacionamento duradouro
Embora as trends sejam, por natureza, passageiras, elas podem se tornar porta de entrada para vínculos mais sólidos. Hatsune explica que o segredo é usar o hype como meio, não como fim: “Se você só usa a tendência pra chamar atenção, ela morre ali mesmo. Mas se conecta com um valor, uma causa ou ideia maior que você defende, aí sim ela pode virar conversa duradoura.”

Ou seja: o objetivo não é só o número de visualizações, mas construir algo que mantenha o público interessado mesmo depois que a moda passa.

Criar a própria trend: possível ou mito?
Para quem quer mais do que seguir modinhas e sonha em lançar a própria trend, Hatsune garante que é possível, mas não existe receita pronta. “Tem que ter coragem de testar algo novo, antes de virar consenso. Quem quer puxar uma conversa precisa ter postura de líder, não de quem só espera,” aconselha.

Ele destaca que consistência é essencial: marcas que já têm voz clara, estética própria e um público que confia nelas têm mais chance de emplacar algo novo. Mas faz um alerta: “Forçar uma trend só pra tentar viralizar morre rápido e ainda queima a imagem.”

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