Fiocruz / Divulgação
O avanço da febre oropouche em regiões fora da Amazônia tem gerado alerta nacional. Com 11.805 casos registrados em 2024, a doença já alcançou 18 estados e o Distrito Federal. O Espírito Santo é o estado mais afetado, com 6.318 notificações confirmadas. Até o momento, cinco mortes foram oficialmente registradas e outras duas seguem em investigação.
Transmitida pelo mosquito maruim, a febre oropouche provoca sintomas semelhantes aos da dengue, como febre alta, dores no corpo, dor de cabeça, cansaço e, em alguns casos, vômitos. As gestantes fazem parte do grupo mais vulnerável, com risco aumentado de complicações, incluindo malformações e morte fetal.
O mosquito vetor se prolifera em locais úmidos e com presença de matéria orgânica, como áreas agrícolas e zonas periurbanas. Especialistas apontam que regiões de transição entre florestas e áreas habitadas, como plantações de banana, são especialmente favoráveis para a reprodução do inseto.
Pesquisas recentes identificaram uma nova linhagem do vírus, originada no Amazonas, que teria se espalhado a partir de regiões desmatadas no Norte do país. Estima-se que fatores climáticos, principalmente a atuação do fenômeno El Niño, contribuíram em cerca de 60% para a disseminação da doença em 2024.
Diante do cenário, o Ministério da Saúde intensificou o monitoramento epidemiológico, promove visitas técnicas aos estados afetados, avalia o uso de inseticidas e reforça as campanhas de orientação à população com foco em medidas preventivas, como evitar acúmulo de lixo e manter terrenos limpos e secos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário