A depressão entre agentes penitenciários exige ação urgente do Estado
Artigo do NPExpresso

Ana Carolina era jovem, promissora, servidora pública. E isso não bastou para impedir o desfecho que comove e revolta. A depressão, que segue silenciosa, vem ceifando vidas dentro de um ambiente onde o peso emocional, o estresse e o abandono institucional são rotina.
Basta ver o último concurso da Susepe. Muitos aprovados nem sequer apareceram. A carreira, que já foi respeitada, hoje espanta. É uma profissão que oferece riscos, desgasta e corrói por dentro. Uma profissão que, se não houver atenção imediata do Estado, continuará gerando tragédias como essa.
A pergunta que fica: quantos agentes penitenciários ainda precisarão tombar para que isso se torne prioridade? O luto não pode ser a única resposta oficial. É preciso política pública, saúde mental, valorização. Porque quem cuida da segurança também precisa ser cuidado. E não depois da tragédia, mas antes dela.
Quem era Ana Carolina
A Polícia Penal recebeu uma triste notícia nesta terça-feira (29), com o falecimento da policial penal Ana Carolina Assis Scariot, que atuava na Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul (PESS). Integrante da mais recente turma da corporação, Ana Carolina também era formada em Medicina Veterinária, área pela qual sempre demonstrou carinho e vocação. Sua trajetória na segurança pública foi marcada por profissionalismo, empatia e respeito dos colegas. Ela foi encontrada sem vida em sua residência, em Novo Hamburgo, e as circunstâncias estão sendo apuradas pelas autoridades. Neste momento de dor, manifestamos nossos mais sinceros sentimentos aos familiares, amigos e companheiros de profissão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário