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sexta-feira, 16 de maio de 2025

Me prendam, não vou sair do Brasil, vou morrer na cadeia, diz Bolsonaro

Foto: Elaine Menke/PL
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (16) que não pretende sair do Brasil, que as autoridades podem prendê-lo e que a tentativa de golpe investigada pelas autoridades brasileiras foi “um golpe da Disney”.  Ana Carolina Oliveira Lima/Folhapress

“Eu com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí”, disse ao canal AuriVerde Brasil.

Caso seja condenado pelos crimes de que é acusado na denúncia sobre a trama golpista de 2022, Bolsonaro poderá receber pena de mais de 40 anos de prisão.

Ele é acusado dos crimes de liderar organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.

O ex-mandatário tem argumentado que não seria possível a sua participação no golpe de estado pois estava nos Estados Unidos na época dos ataques golpistas do 8 de janeiro. A argumentação também é importante para a defesa jurídica do político, que já apontou ver o episódio como central para a materialidade do golpe.

Em março, no julgamento que tornou Bolsonaro réu, porém, os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino afirmaram que não necessariamente o acusado precisa ter estado no 8 de janeiro se contribuiu de alguma forma para que o episódio acontecesse.

“Está previsto 40 anos de cadeia. Me prendam. Estou com 70 já, quase morri em uma cirurgia. Vou morrer não vai demorar”, afirmou Bolsonaro na entrevista.

O ex-presidente voltou a repetir o argumento de que é perseguido pelo “sistema” que teria como objetivo não permitir que ele fosse uma alternativa em 2026.

Ele citou a recente condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada por invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e falsidade ideológica, como algo que “não tem cabimento”.

Além disso, comentou o processo do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que também estaria envolvido na trama golpista, sugerindo que ambos são exemplos de ativismo judicial. “Eu não sei até quando vou resistir”, disse ele aos entrevistados.

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